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Carroceiros prometem realizar novo protesto no Recife
Sem acordo com a Prefeitura, a categoria diz que vai protestar nas ruas para que a profissão seja regulamentada e que os veículos movidos a tração animal continuem a circular nas vias públicas
Após mais uma reunião sem acordo com a gestão municipal, os carroceiros prometeram um novo protesto no Recife. Eles contestam uma decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que estabeleceu prazo de até 60 dias (a contar do dia 19 de novembro) para que o Poder Executivo regulamentasse a lei de tração animal, já sancionada, que proíbe a circulação nas vias públicas de veículos puxados por cavalos. Só no Recife, são cerca de três mil carroceiros que têm esse ofício como única fonte de renda. A reunião aconteceu nessa segunda (10), na sede da Prefeitura do Recife, no Bairro do Recife, Centro da Capital.
De acordo com Marcos Batista, o Neno, um dos líderes dos carroceiros no Recife, a ideia foi reforçar propostas que permitam o trabalho da categoria. A principal delas é o emplacamento das carroças, uma forma de organizar e legalizar a atividade na Capital. "Ao emplacar, facilitará a fiscalização de quem comete os maus-tratos. O problema é que, por causa de uma maioria, todos pagam. Tenho seis cavalos, todos muito bem cuidados. Estão todos saudáveis", disse ele, que participou da reunião.
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Ele, inclusive, propôs a criação, por parte da gestão municipal, de um disque-denúncia a fim de fechar o cerco para quem, de fato, maltrata os cavalos a chicotadas. E também um regulamento para os carroceiros seguirem, com normas sobre o descanso do animal e a carga máxima que ele poderia levar por determinado tempo. "Sou a favor de trabalhar honestamente. Regularizar a profissão é um dos caminhos. A lei fala em multa de R$ 500, mas cadê que pensam em indenizar a gente?", criticou Neno. Procurada, a Prefeitura do Recife não se posicionou até o fechamento desta edição.