Carros, bicicletas e trânsito: a relação segura nasce do respeito
CTTU dá dicas para os motoristas de veículos motorizados conviverem em harmonia com os ciclistas
Com o aumento da demanda pelo uso de bicicleta, é necessário falar sobre a responsabilidade dos veículos motorizados na proteção dos veículos menores ou não motorizados, como é o caso das bikes. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece diversas regras que servem para dar mais segurança viária para os ciclistas e essas regras, basicamente, seguem a lógica do respeito ao espaço do outro.
No Recife, este ano, a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), realizou diversas ações educativas com foco no respeito entre os modais e, também, com o pedestre. Ações em faixas de pedestres, blitzes educativas e nas escolas, promovendo, inclusive, materiais para que os professores trabalhassem com os estudantes.
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A presidente da CTTU, Taciana Ferreira, enfatiza o trabalho de educação para o trânsito que o órgão vem desenvolvendo em diversos espaços como escolas, inclusive com campanhas informativas para toda a população. “Quando falamos em trânsito, precisamos pensar em um espaço de respeito e também de cuidado com a própria vida e com a vida do outro. A CTTU tem realizado ações educativas para conscientizar os motoristas que é importante respeitar a lei, que foi feita à base de estudos sobre esse assunto, para diminuir o risco de acidentes e garantir uma mobilidade mais segura para todos”, destaca.
Confira algumas dicas de cuidados que os condutores dos veículos motorizados devem ter para proteção do ciclista:
1. Dê preferência aos veículos menores
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), no artigo 29, os veículos de maior porte são sempre responsáveis pela segurança dos de menores portes e os motorizados são responsáveis pelos não motorizados. Por isso, é obrigação dos demais veículos respeitar os ciclistas na via, que são os mais vulneráveis.
2. Atente para velocidade regulamentada da via
O desrespeito às velocidades regulamentadas das vias é problemático, não apenas pelas multas que podem gerar, mas sim pelos riscos que o veículo impõe a si e aos demais. As velocidades das vias são regulamentadas de acordo com estudos de engenharia de trânsito para o local, com o intuito de garantir a segurança viária. Além disso, os ciclistas que transitam no local estão avisados sobre a velocidade para aquele trecho, se um carro passar com excesso de velocidade, o ciclista será pego de surpresa e será ainda mais vulnerável.
3. Observe a sinalização vertical e horizontal para não desrespeitar espaços compartilhados entre as bicicletas e os demais veículos
O Recife adotou, em diversas rotas cicláveis, o compartilhamento das vias entre veículos motorizados e bicicletas. Nessas áreas, a velocidade regulamentada é de 30 km/h. O condutor deve estar atento à sinalização vertical e horizontal, que alertam sobre a área de ciclorrota, tanto para compartilhar a via com os ciclistas, como para obedecer a velocidade regulamentada.
4. Não estacione, nem ande em espaços destinados a ciclistas
Pense sempre na segurança do outro. Cada modal tem um espaço destinado e isso deve ser respeitado. As rotas cicláveis do Recife são fiscalizadas pelos agentes de trânsito da CTTU através de rondas. A população também pode solicitar a presença de um agente através do teleatendimento 24h: 0800.081.1078. É importante ressaltar que aqueles que insistirem no descumprimento da sinalização, transitando ou estacionando veículos na ciclofaixa, estarão passíveis de autuação. As multas podem ser grave, em caso de estacionamento irregularmente na ciclofaixa (R$ 195,23 e 5 pontos na CNH); ou gravíssima multiplicada por 3x, se transitar na ciclofaixa (R$ 880,41 e 7 pontos na CNH).