Sáb, 06 de Dezembro

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PALESTINA

'Construiremos o Estado judaico israelense' na Cisjordânia, diz ministro da Defesa de Israel

"O papel será jogado na lata de lixo da história, e o Estado de Israel florescerá e prosperará", alegou Israel Katz

Soldados do exército israelense tomam posições durante um ataque no coração da cidade palestina de Nablus, na Cisjordânia ocupadaSoldados do exército israelense tomam posições durante um ataque no coração da cidade palestina de Nablus, na Cisjordânia ocupada - Foto: Jaafar Ashtiyeh / AFP

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, prometeu nesta sexta-feira (30) construir um "Estado judaico israelense" na Cisjordânia ocupada, um dia depois de o governo anunciar a criação de 22 novos assentamentos neste território palestino.

Os assentamentos israelenses na Cisjordânia são considerados ilegais pelo direito internacional e são regularmente denunciados pela ONU.

"Esta é uma resposta decisiva às organizações terroristas que buscam prejudicar e enfraquecer o nosso controle sobre esta terra — e também é uma mensagem clara para (o presidente francês Emmanuel) Macron e seus amigos: vocês reconhecerão um Estado palestino no papel, mas nós construiremos o Estado judaico de Israel aqui, na prática", disse Katz, segundo um comunicado de seu gabinete.
 

"O papel será jogado na lata de lixo da história, e o Estado de Israel florescerá e prosperará", acrescentou, durante uma visita ao assentamento de Sa-Nur, no norte da Cisjordânia ocupada.

Sa-Nur foi evacuada em 2005, quando o Exército israelense se retirou da Faixa de Gaza sob o governo do então primeiro-ministro Ariel Sharon.

Macron declarou nesta sexta-feira que o reconhecimento de um Estado palestino "não é simplesmente um dever moral, mas uma exigência política", antes de uma conferência da ONU sobre o assunto em 18 de junho.

Macron afirmou em abril que a França poderia reconhecer o Estado palestino em junho. Países como Brasil, Espanha, Irlanda, Noruega, Eslovênia, Argentina, Chile, Colômbia e México já o fizeram.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, denunciou na quinta-feira o anúncio de novos assentamentos na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.

Israel deve cessar "todas as atividades de colonização" neste território palestino, que representam "um obstáculo à paz e ao desenvolvimento econômico e social" na região, declarou.

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