Corregedoria da PM faz ação para prender cinco policiais suspeitos de crimes durante megaoperação
Corregedoria cumpre 5 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão; um dos agentes é suspeito de roubar fuzis para revender a criminosos
A Corregedoria da Polícia Militar deflagrou, na manhã desta sexta-feira, uma operação para cumprir mandados de prisão contra cinco agentes do Batalhão de Choque suspeitos de cometer crimes durante a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão no último dia 28 de outubro — ação que terminou com 122 mortos, entre eles cinco policiais e 117 suspeitos, segundo o governo do estado. A ofensiva interna ocorre exatamente um mês após a operação de segurança mais letal já registrada no Rio. Até o início da manhã, não havia informações sobre prisões efetuadas.
Além dos mandados de prisão, os corregedores cumprem outros dez mandados de busca e apreensão. Os policiais do Choque são alvos da investigação conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM).
Uma das suspeitas levantadas pela Corregedoria, com base na análise das imagens das câmeras operacionais portáteis, é o furto de um fuzil durante a ação — arma que, segundo a apuração, seria revendida a criminosos. As imagens serviram de base para indicar indícios de crimes militares cometidos durante o serviço. Corregedoria cumpre 5 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão.
Leia também
• Quem é Ricardo Magro, alvo de megaoperação e dono do Grupo Refit
• Haddad cita operação que mira em fraude tributária para pedir aprovação de projeto sobre devedor
• Operação mira grupo dito maior devedor de ICMS de SP; esquema causou prejuízo de R$ 26 bi
Em nota, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que a operação desta sexta é decorrente dessas análises e reforçou que a corporação “não compactua com possíveis desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos”.
Após megaoperação, Comando Vermelho barra posts de criminosos nas redes; veja comentário em vídeo
A megaoperação de 28 de outubro mobilizou efetivos das polícias Civil e Militar e gerou questionamentos de entidades de direitos humanos e de moradores devido ao elevado número de mortos. Agora, as apurações internas buscam esclarecer eventuais excessos e ilícitos cometidos por agentes que participaram da ação.

