Sex, 05 de Dezembro

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Investigação

Delegado afirma ao STF que há "indícios" para continuar inquérito sobre remoção de corpos no Rio

Investigação foi suspensa por Alexandre de Moraes, que determinou posicionamento de responsável pelo caso

Delegado afirmou a Moraes que há "veementes indícios que alicerçam a continuidade das investigações" e citou como exemplo a descoberta de que um veículo roubado foi utilizado para transportar parte dos corposDelegado afirmou a Moraes que há "veementes indícios que alicerçam a continuidade das investigações" e citou como exemplo a descoberta de que um veículo roubado foi utilizado para transportar parte dos corpos - Foto: Eusébio Gomes/TV Brasil

O delegado responsável pelo inquérito que investigava a remoção de corpos de parte dos 121 mortos da megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, realizada há duas semanas, afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que há "veementes indícios" que justificariam a continuidade da investigação.

A apuração foi suspensa por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. 

Moraes havia determinado um prazo de 48h para o delegado responsável apresentar informações. A resposta foi enviada nesta quarta por Leandro Gontijo de Siqueira Alves, da 22ª DP (Penha). 

No texto, Alves afirma que o inquérito não investigava familiares dos mortos, mas sim "indícios de fraude processual decorrentes de ações ocorridas após os confrontos, conforme amplamente documentado em vídeos, registros jornalísticos e demais elementos de prova já anexados aos autos".

O delegado afirmou a Moraes que há "veementes indícios que alicerçam a continuidade das investigações" e citou como exemplo a descoberta de que um veículo roubado foi utilizado para transportar parte dos corpos. 

"Ressalte-se que a suposta utilização de veículos produto de crime no transporte dos corpos, conforme já verificado em análise preliminar, agrava a necessidade de investigação, não apenas pela suspeita de ocultação de vínculos entre os mortos e organização criminosa, mas também pela relevância de se identificar eventual emprego de bens ilícitos para fins de manipulação de cenas ou desinformação pública", afirma Alves. 

O delegado também afirmou que a abertura e condução do inquérito respeitaram "os princípios da legalidade, impessoalidade e finalidade pública" e que o único objetivo é a "elucidação de fatos com potencial repercussão penal e institucional".

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