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Rio de Janeiro

Desembargador preso reconheceu vazamento de operação, mas culpou PF e Polícia Civil do Rio

Investigação aponta que desembargador vazou operação contra ex-deputado estadual TH Jóias

O desembargador Macário Ramos Júdice Neto O desembargador Macário Ramos Júdice Neto  - Foto: Reprodução

O desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto reconheceu que houve vazamento de uma operação policial que atingiu o então deputado estadual do Rio de Janeiro Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Jóias, mas atribuiu a responsabilidade às polícias Federal e Civil, e não ao Judiciário Federal.

A declaração consta em decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão preventiva do magistrado justamente por vazamento da referida operação.

Na representação, a PF pontuou que em uma sessão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no dia 8 de setembro, dias após a operação contra TH Jóias, Macário falou sobre o vazamento.

"Por que que não foram apreendidos, certamente, dinheiro, armas? Porque vazou. A operação vazou. E não foi na Justiça Federal. Eu fui contra a execução dos mandados junto com a Polícia Civil. (...) Eu fui absolutamente contra e adverti o superintendente: 'Não faça essa operação em conjunto. E fizeram. E tiveram a dificuldade de prender o TH, porque a operação vazou", disse.

Conforme Moraes, a afirmação "corrobora os indícios da atuação delitiva" do desembargador no sentido de proteger "membros da organização criminosa, com o fim de proteger os membros políticos da estrutura delitiva em face das ações investigativas da Polícia Federal".

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