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Rio de Janeiro

Gestante se surpreende com parto 'abrupto' e dá à luz em garagem no Rio: 'Força da natureza'

Mãe e filha devem receber alta nesta quinta-feira (5)

No caminho entre o Flamengo e a Tijuca, a professora de inglês começou a sentir as primeiras contraçõesNo caminho entre o Flamengo e a Tijuca, a professora de inglês começou a sentir as primeiras contrações - Foto: Arcevo Pessoal/Reprodução

Com 39 semanas de gestação, Diana Larsen Tiellet e o marido, Pablo Alejandro Rincci, decidiram fazer uma visita a uma prima que havia acabado de dar à luz como um "último passeio" antes do nascimento da própria filha, no Rio.

Já no caminho entre o Flamengo e a Tijuca, a professora de inglês começou a sentir as primeiras contrações, mas não imaginava que em menos de uma hora estaria com a pequena Julieta nos braços, em circunstâncias inusitadas.

O vídeo captado pelas câmeras da garagem da prima de Diana, que é obstetra, mostrou o momento em que Julieta não quis mais esperar: nasceu ali mesmo, na noite de terça-feira, às 18h26, para a surpresa dos parentes.

O casal registrou o "choque" com uma selfie no carro, rumo ao hospital, na Glória, enquanto mãe e filha ainda estavam ligadas pelo cordão umbilical.

— Esse momento foi de choque total. Ninguém estava entendendo nada. Como assim ela já nasceu e está no meu colo? Até agora a gente está tentando entender o que aconteceu. O trabalho de parto te leva para o nascimento, mas nesse caso foi abrupto. Foi muito especial. Ela sentiu o ambiente, estava doida para nascer — disse ao Globo Diana, de 40 anos, que espera ir para casa com a bebê nesta quinta-feira.

Diana conta que esperava um parto mais rápido que o da primeira filha, hoje de 4 anos. Na época, esperou 12 horas pelo nascimento. Desta vez, da primeira contração à chegada de Julieta ao mundo, foram cerca de 50 minutos.

— Nunca achei que aconteceria desse jeito. São coisas que a gente só vê em jornal, nunca acontecem com a gente. Senti a primeira contração no caminho [para a Tijuca]. Quando cheguei à casa da minha prima, os hormônios entraram em ação. A gente estava comendo bolo, e eu levantando a cada minuto [por causa das contrações]. Ainda brinquei com a minha prima, que é obstetra: 'Está pronta para voltar a trabalhar?'. Estava todo mundo brincando — lembra.

Com as dores, Diana e Pablo resolveram enviar mensagens às enfermeiras obstétricas que contrataram para acompanhar o nascimento de Julieta. Elas aconselharam o casal a registrar quantas contrações ocorriam a cada hora — mas as dores já vinham a cada minuto. A prima médica decidiu fazer um exame de toque e identificou uma dilatação máxima, de 10 centímetros.

— A minha prima disse: se estourar a bolsa, vai nascer. Não sabíamos se daria tempo de chegar no hospital, mas fomos. Meu tio, por sorte, estava lá na casa e ficou com o bebê da minha prima. No elevador, senti uma contração muito forte. Nem consegui entrar no carro. Foi a força da natureza. Comecei a sentir ela saindo, meu marido e minha prima a pegaram. Todo mundo fala que o segundo parto é mais rápido, mas eu não imaginava que seria tanto assim — destaca Diana.

Diana conta que se sentia preparada para ter parto normal. Ao longo da gestação, estudou muito sobre o assunto. Ainda assim, afirma ter entrado em "estado de negação", sem acreditar nos sinais do quão rápido o trabalho de parto estava evoluindo. Ela exalta a ajuda dos profissionais da área — e a sorte de estar na casa de uma obstetra.

— Eu estava preparada, estudei muito. Queria parto humanizado, mas no hospital, pela segurança. Mas, na hora, a informação fica perdida, fiquei em negação. Eu pensava: 'Não pode ser, tem alguma coisa errada'. Por sorte, minha prima era obstetra. A criança nasceria em qualquer lugar. Se a gente tivesse decidido ficar em casa, teria sido mais assustador. Senti menos dor porque foi intenso, mas rápido. A gente estava com pessoas preparadas. Foi guiado pela divindade, foi do jeito que tinha que ser. Ela é perfeita — afirma Diana.

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