Sáb, 27 de Dezembro

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Greve reduz oferta de ônibus no Recife e Região Metropolitana

O Grande Recife Consórcio de Transportes divulgou que pelo menos 50% da frota vai circular

Greve dos rodoviários no Recife e Região MetropolitanaGreve dos rodoviários no Recife e Região Metropolitana - Foto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco

A manhã desta segunda-feira (3) começou sem ônibus no Recife e Região Metropolitana, preocupando os cerca de 2 milhões de passageiros que utilizam o transporte rodoviária no Grande Recife. Greve, que não tem data para acabar, é realizada em busca de melhorias de condições de trabalho e reajuste salarial.

A paralisação começou logo no início do dia. Os ônibus começaram a passar por volta das 6h, mas em quantidade bastante reduzida. O Grande Recife Consórcio de Transportes divulgou que pelo menos 50% da frota vai circular.

Maria Helena Ferreira, 48 anos, saiu de casa 7h30 e até 9h24 continuava na Estação Joana Bezerra, sem saber que horas chegaria ao trabalho. "Nem cheguei ainda, mas já estou pensando na volta, porque também não sei como vai ser. Na sexta-feira (dia de greve geral) a gente chegou porque a patroa veio pegar a gente em casa. Fica todo mundo preocupado porque precisa trabalhar", disse.

O segurança Samuel Pereira de Melo saiu de casa 4h. Ele já esperava na estação há cinco horas e meia."O primeiro ônibus está chegando agora. Eu pego hoje e largo amanhã. Espero que já esteja tudo normalizado. Sexta-feira larguei 7h e cheguei em casa 12h porque não tinha ônibus", lembrou.

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Os rodoviários estão em campanha salarial. Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benílson Custódio, a categoria, que começou pedindo 14%, está pleiteando agora 7% de reajuste no piso salarial e 20% no valor do vale refeição, enquanto isso as empresas de ônibus estariam dispostas a 4% no piso salarial e 11,12% no vale refeição - atualmente, o valor do tíquete é de R$ 225.

Outra reivindicação dos rodoviários é a implantação de um plano de saúde para a categoria, porém os donos das empresas teriam rechaçado o pleito. A nota do Sindicato acrescentou que, "em respeito a lei de greve 7.783/89, a classe trabalhadora decidiu pela greve devido à falta de disposição da classe patronal em dialogar e buscar melhorias para os trabalhadores e trabalhadoras e todo o transporte público".

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