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TARIFAS

Indústria alemã pede que EUA e UE 'encontrem soluções' sobre tarifas

Para Federação das Indústrias Alemãs, intenção de Trump de impor uma tarifa de 30% sobre os produtos europeus é um sinal de alerta para a indústria de ambos os lados do Atlântico

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai impor uma tarifa de 30% sobre os produtos europeus a partir de 1º de agostoPresidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai impor uma tarifa de 30% sobre os produtos europeus a partir de 1º de agosto - Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

A indústria alemã pediu que União Europeia e Estados Unidos "encontrem soluções rapidamente e evitem uma escalada" após as novas ameaças do presidente Donald Trump, neste sábado, de impor uma tarifa de 30% sobre os produtos europeus a partir de 1º de agosto.

"O anúncio do presidente Trump é um sinal de alerta para a indústria de ambos os lados do Atlântico", afirmou a Federação das Indústrias Alemãs (BDI) em um comunicado, reagindo à mensagem do presidente americano publicada em sua plataforma Truth Social.

"Um conflito comercial entre duas regiões econômicas tão intimamente ligadas como a UE e os Estados Unidos prejudica a recuperação econômica, o poder de inovação e, em última análise, a confiança na cooperação internacional", alertou Wolfgang Niedermark, membro da equipe de gestão da BDI.

A BDI "insta o governo alemão, a Comissão Europeia e o governo americano a encontrarem soluções agora, muito rapidamente, no âmbito de um diálogo objetivo, e a evitarem uma escalada".

"As poucas semanas até a entrada em vigor das tarifas, em 1º de agosto, devem ser usadas para negociar em condições de igualdade", acrescentou.

A UE, responsável pelas negociações com os Estados Unidos em nome de seus 27 Estados-membros, criticou o anúncio de Donald Trump, mas declarou que ainda deseja chegar a um acordo comercial com Washington.

A Alemanha está na vanguarda das repercussões da ofensiva comercial dos EUA porque sua economia depende fortemente das exportações para os Estados Unidos, especialmente nas indústrias química, farmacêutica, automotiva, siderúrgica e de máquinas.

Nas últimas semanas, o primeiro-ministro alemão, Friedrich Merz, defendeu que a UE concluísse um acordo "simples" com Washington, priorizando esses setores-chave, mesmo que isso signifique aceitar certas tarifas adicionais sobre outros produtos.

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