Sex, 05 de Dezembro

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GAZA

Israel anuncia reabertura parcial do comércio do setor privado em Gaza

De acordo com o Cogat, o objetivo é reduzir a dependência de assistência humanitária no território

Um menino palestino bebe sopa de lentilha que obteve em um ponto de distribuição de alimentos na Cidade de Gaza Um menino palestino bebe sopa de lentilha que obteve em um ponto de distribuição de alimentos na Cidade de Gaza  - Foto: Omar Al-Qattaa / AFP

Israel reabrirá parcialmente o comércio do setor privado em Gaza para reduzir sua dependência da ajuda humanitária, informou nesta terça-feira (5) o órgão do Ministério da Defesa que supervisiona as questões civis nos territórios palestinos (Cogat).

"O Ministério da Defesa aprovou um número limitado de comerciantes locais, que devem seguir vários critérios e controles de segurança rigorosos", afirmou o Cogat em um comunicado.

"O objetivo é aumentar o volume de ajuda que entra na Faixa de Gaza e, ao mesmo tempo, reduzir a dependência da assistência por parte da ONU e das organizações internacionais", acrescenta a nota.

O comunicado explica que a medida foi tomada "após a decisão do gabinete (do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu) de ampliar a ajuda humanitária e após um trabalho preparatório realizado pelos serviços de segurança".

O pagamento das mercadorias será efetuado apenas por meio de transferências bancárias, que serão submetidas a uma supervisão, segundo as autoridades israelenses.

"As mercadorias aprovadas incluem alimentos básicos, alimentos para bebês, frutas, verduras e itens de higiene", explicou o Cogat.

Israel, que luta há 22 meses contra o grupo islamista palestino Hamas em Gaza, impôs um bloqueio total ao território em 2 de março. A medida foi parcialmente suspensa em maio para permitir que uma agência privada, apoiada pelos Estados Unidos, inaugurasse centros de distribuição de alimentos.

O território palestino, totalmente dependente da ajuda humanitária, enfrenta a ameaça de uma "fome generalizada", segundo as Nações Unidas.

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