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Justiça argentina ordena apreensão de bens avaliados em US$ 500 milhões contra Kirchner

A medida busca "restituir ao Estado os bens obtidos ilicitamente"

A ex-presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, manda um beijo para seus apoiadores na sede do Partido Justicialista em Buenos Aires, em 10 de junho de 2025.A ex-presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, manda um beijo para seus apoiadores na sede do Partido Justicialista em Buenos Aires, em 10 de junho de 2025. - Foto: Alessia Maccioni / AFP

A Justiça argentina ordenou a apreensão de bens no valor de cerca de 500 milhões de dólares (R$ 2,66 bilhões) contra a ex-presidente Cristina Kirchner e outros condenados em um caso de corrupção, segundo fontes judiciais.

Cristina Kirchner cumpre desde junho seis anos de prisão domiciliar e inelegibilidade política perpétua após ser considerada culpada de corrupção na adjudicação de obras públicas entre 2003 e 2015, período em que governou seu marido, o já falecido Néstor Kirchner, e depois ela própria.

Após a condenação, na qual foi ordenado o pagamento do equivalente a cerca de 500 milhões de dólares, um tribunal federal decidiu avançar com a apreensão de mais de uma centena de bens, segundo a decisão obtida nesta quarta-feira (19) pela AFP.

A medida busca "restituir ao Estado os bens obtidos ilicitamente – e seus derivados – como legítimo proprietário e, ao mesmo tempo, reparar a sociedade pelos danos materiais e simbólicos decorrentes da conduta delitiva", indica o texto.

A decisão determina, entre outros pontos, o confisco de uma propriedade de Kirchner em Santa Cruz e acrescenta à lista 19 bens cedidos a seus filhos Máximo e Florencia.

Também ordena o confisco de 84 bens do empresário Lázaro Báez, que já cumpre pena por envolvimento no direcionamento e superfaturamento de obras públicas viárias em Santa Cruz durante os governos dos Kirchner.

O tribunal encarregou a Suprema Corte de definir se algum dos imóveis confiscados será destinado ao uso do próprio Poder Judiciário, antes de avançar com sua eventual venda em leilão.

Um advogado de Kirchner nessa causa não respondeu ao pedido de comentários feito pela AFP.

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