Macron afirma que Europa se nega a ser "vassalo" tecnológico dos EUA e China
"Queremos projetar nossas próprias soluções", declarou o presidente francês
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou nesta terça-feira (18) que a Europa não quer ser um "vassalo" dependente das empresas tecnológicas dos Estados Unidos e da China, num momento em que a UE busca manter-se atualizada na corrida pela inteligência artificial.
"A Europa não quer ser cliente de grandes empreendedores ou de grandes soluções entregues seja pelos Estados Unidos ou pela China, claramente queremos projetar nossas próprias soluções", declarou Macron em uma cúpula em Berlim sobre soberania digital, na qual também participou o chanceler alemão, Friedrich Merz.
O mandatário francês afirmou que essa postura representa uma recusa em "tornar-se um vassalo" e defendeu que se adote uma "preferência" pelo europeu em matéria tecnológica.
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"Creio firmemente que a preferência pelo europeu deve se tornar nosso princípio orientador, começando pela contratação pública", declarou.
Macron argumentou que a China implementa uma preferência pelo local sempre que pode e os Estados Unidos têm a mesma política.
"Nós somos os únicos que nunca temos preferência pelo europeu, e até mesmo às vezes nos fascinamos pelas soluções não europeias", afirmou o presidente francês.

