Sáb, 06 de Dezembro

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Violência

Menina de sete anos tem mão e genital queimadas pela mãe em Olinda; Polícia investiga o caso

Segundo o Conselho Tutelar, o motivo da agressão seria porque a menina teria perdido uma borracha

Mão da menina de sete anos queimada pela mãeMão da menina de sete anos queimada pela mãe - Foto: Reprodução/Whatsapp

Uma menina de sete anos teve a mão e a genitália queimadas pela mãe, de 26, no bairro de Águas Compridas, em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR).

A agressão teria acontecido no dia 11 de agosto e foi denunciada ao Conselho Tutelar de Olinda no último domingo (31). A criança e a mãe foram localizadas na segunda-feira (1º).

O caso foi registrado na 15ª Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), em Casa Caiada, Olinda, como “maus tratos e lesão por violência doméstica”.  

De acordo com o Conselho Tutelar, a menina teve a mão queimada com um garfo e a genitália com um palito de fósforo. O motivo da agressão seria porque a criança teria perdido uma borracha.

Ao ser perguntada pelo Conselho Tutelar sobre a marca na mão, a menina teria dito que tinha se queimado com macarrão instantâneo. De acordo com o órgão, a resposta da criança teria sido feito a mando da mãe. 

"A gente fez a escuta no Conselho Tutelar e a menina disse que tinha se queimado com o miojo [macarrão instantâneo]. Muitas vezes a criança com medo não fala, mas a gente já tinha relatos de agressões da própria comunidade e da escola”, explicou a conselheira tutelar da Região III de Olinda, Cláudia Roberta.

Posteriormente, após nova tentativa do Conselho Tutelar, a criança confirmou as agressões. 

Durante a escuta, a menina também falou que a mãe costuma gritar com os irmãos mais novos, um menino de cinco e outro de dois anos.

Também foi informado que a mãe já saiu de casa e deixou a criança mais velha cuidando dos irmãos.

Após a escuta, a menina e os irmãos foram acolhidos pelo Conselho Tutelar.

À reportagem da Folha de Pernambuco, a conselheira tutelar informou que o Conselho comunicará o caso ao Ministério Público e à Vara da Infância, através de uma notícia de fato, para que a justiça tome as medidas cabíveis.

A Polícia Civil informou que ouviu a mãe na delegacia e que instaurou um inquérito para apurar o caso. 

A reportagem questionou se a mulher foi presa ou liberada, mas, até o momento, não obteve o retorno.
 

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