Mexicanos homenageiam Francisco na Basílica de Guadalupe, seu lugar "favorito" no país
No templo foi celebrada uma missa em memória do papa argentino liderada pelo arcebispo primaz do México, Carlos Aguiar
Com aplausos e ovações, cerca de três mil pessoas prestaram homenagem ao papa Francisco na Basílica de Guadalupe, que o pontífice, falecido nesta segunda-feira (21), considerou seu lugar “favorito” no México.
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No templo, um dos mais visitados do mundo, no norte da Cidade do México, foi celebrada uma missa em memória do papa argentino liderada pelo arcebispo primaz do México, Carlos Aguiar.
"Este é o lugar favorito do papai Francisco (...) e por isso pedimos a ela (a virgem de Guadalupe) que chegue à casa do pai", declarou Aguiar.
O jesuíta, falecido aos 88 anos, realizou em 2016 seu “desejo mais íntimo” de orar em silêncio e sozinho por quase meia hora diante da imagem da virgem que coroa a Basílica.
Aguiar lembrou que, depois de Francisco ser ungido papai em 2013, teve uma conversa por telefone com ele, que contou que em sua primeira visita à Cidade do México se limitou a orar diante da "guadalupana" e voou de volta para Buenos Aires.
Já como pontífice, em fevereiro de 2016, oficiou uma missa na Basílica, na qual abordou o drama da violência que afetou o México.
Deus "se aproxima do coração sofredor, porém resistente, de tantas mães, pais, avós que viram provenientes, perdas e até tiveram criminalmente arrancados seus filhos", disse então.
Entre a multidão de fiéis e turistas que visitam o templo, alguns chegaram rapidamente após saberem da morte de Jorge Bergoglio.
Francisco "era um exemplo a seguir na doutrina da Igreja, (...) Esperamos em oração que o próximo sucessor de sua santidade consiga preservar este legado", afirmou Fernando Pérez, que fez uma oração diante de uma imagem colocada sob a estátua de João Paulo II no átrio.
Muitos religiosos também chegaram para rezar.
"Não pensamos realmente que tenha acontecido. Para nós era uma vitória que fosse do continente americano e, sobretudo, entendia nossa cultura, nossa língua, era um pastor do povo", comentou a freira Esther Hernández, de 35 anos.
A missa chegou ao fim com um aplauso espontâneo e prolongado dos fiéis, seguido de vivas para o primeiro papa latino-americano.

