Naufrágio em Suape: médico presta depoimento sobre caso que resultou na morte de advogada
Seráfico Pereira Cabral Júnior, de 55 anos, esteve nesta terça-feira (8) na Delegacia de Porto de Galinhas, em Ipojuca; defesa informou que o procedimento aconteceu dentro da "normalidade esperada"
O médico urologista Seráfico Pereira Cabral Júnior, de 55 anos, prestou depoimento nesta terça-feira (8) sobre o naufrágio em Suape que levou a morte de sua namorada, a advogada Maria Eduarda Medeiros, 38 anos.
O caso aconteceu no dia 21 de junho, no Litoral Sul do estado. O corpo da vítima fatal foi encontrado após quatro dias de buscas.
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Seráfico Pereira era o piloto do barco que naufragou e estava acompanhado da sua namorada e a cadela dela. O animal não foi encontrado pelo resgate.
O depoimento aconteceu durante o período da tarde na Delegacia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, que faz a investigação do caso. Ele estava acompanhado da advogada Giselle Hoover.
O médico urologista não conversou com a imprensa que estava no local. Procurada pela reportagem da Folha de Pernambuco, sua defesa comentou sobre o teor do depoimento à Polícia Civil.
O advogado Ademar Rigueira informou que o procedimento aconteceu dentro da "normalidade esperada".
Segundo a defesa, Seráfico detalhou todos os fatos, respondeu todas as perguntas apresentadas pela autoridade policial e reiterou seu compromisso de colaborar com as investigações.
Advogado Ademar Rigueira | Foto: Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco. Relembre o caso
No dia 27 de junho, o advogado de Seráfico, Ademar Rigueira, concedeu uma coletiva de imprensa para explicar o ocorrido durante o naufrágio.
De acordo com o advogado, o casal foi velejar numa área considerada como "extremamente protegida". A profundidade chegaria a aproximadamente 1,5 metro.
Ademar relatou que o médico urologista teve dificuldade para fazer uma curva, quando a embarcação perdeu força, foi impelida pelo vento e virou.
Ainda segundo advogado, Seráfico e Maria Eduarda permaneceram juntos por cerca de duas horas depois que o barco afundou. Perto do paredão do Porto de Suape, a correnteza os lançou contra as pedras.
“Ele só separa da cachorra depois que leva a primeira pancada [batendo contra o paredão]. Antes, ele havia orientado Maria Eduarda, dizendo que ia bater, mas que era preciso se agarrar nas pedras e, caso não conseguisse, repetisse o processo. Quando ele foi empurrado contra o paredão, bateu com a testa e não viu mais nem a namorada e nem a cachorra”, disse Ademar à época.

