Sáb, 06 de Dezembro

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Investigação

Naufrágio em Suape: médico presta depoimento sobre caso que resultou na morte de advogada

Seráfico Pereira Cabral Júnior, de 55 anos, esteve nesta terça-feira (8) na Delegacia de Porto de Galinhas, em Ipojuca; defesa informou que o procedimento aconteceu dentro da "normalidade esperada"

Advogada aparece sorrindo em vídeo gravado momentos antes do naufrágioAdvogada aparece sorrindo em vídeo gravado momentos antes do naufrágio - Foto: Cortesia

O médico urologista Seráfico Pereira Cabral Júnior, de 55 anos, prestou depoimento nesta terça-feira (8) sobre o naufrágio em Suape que levou a morte de sua namorada, a advogada Maria Eduarda Medeiros, 38 anos. 

O caso aconteceu no dia 21 de junho, no Litoral Sul do estado. O corpo da vítima fatal foi encontrado após quatro dias de buscas. 

Seráfico Pereira era o piloto do barco que naufragou e estava acompanhado da sua namorada e a cadela dela. O animal não foi encontrado pelo resgate. 

O depoimento aconteceu durante o período da tarde na Delegacia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, que faz a investigação do caso. Ele estava acompanhado da advogada Giselle Hoover. 

O médico urologista não conversou com a imprensa que estava no local. Procurada pela reportagem da Folha de Pernambuco, sua defesa comentou sobre o teor do depoimento à Polícia Civil.

O advogado Ademar Rigueira informou que o procedimento aconteceu dentro da "normalidade esperada". 

Segundo a defesa, Seráfico detalhou todos os fatos, respondeu todas as perguntas apresentadas pela autoridade policial e reiterou seu compromisso de colaborar com as investigações.

Advogado Ademar RigueiraAdvogado Ademar Rigueira | Foto: Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco. 

Relembre o caso 
No dia 27 de junho, o advogado de Seráfico, Ademar Rigueira, concedeu uma coletiva de imprensa para explicar o ocorrido durante o naufrágio.

De acordo com o advogado, o casal foi velejar numa área considerada como "extremamente protegida". A profundidade chegaria a aproximadamente 1,5 metro.

Ademar relatou que o médico urologista teve dificuldade para fazer uma curva, quando a embarcação perdeu força, foi impelida pelo vento e virou.

Ainda segundo advogado, Seráfico e Maria Eduarda permaneceram juntos por cerca de duas horas depois que o barco afundou. Perto do paredão do Porto de Suape, a correnteza os lançou contra as pedras.

“Ele só separa da cachorra depois que leva a primeira pancada [batendo contra o paredão]. Antes, ele havia orientado Maria Eduarda, dizendo que ia bater, mas que era preciso se agarrar nas pedras e, caso não conseguisse, repetisse o processo. Quando ele foi empurrado contra o paredão, bateu com a testa e não viu mais nem a namorada e nem a cachorra”, disse Ademar à época.

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