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OPINIÃO

Mamdani prometeu até o Sete Estrelo, mas o céu não é perto

MONTANHAS DA JAQUEIRA — A crônica da humanidade adâmica gira em torno de três maçãs desde o Paraíso perdido: a maçã da cobiça, oferecida a Eva pela serpente do pecado; a maçã da sabedoria, que revelou a força da gravidade ao cair na cabeça do cientista Isaac Newton; a maçã da gravadora Apple nos anos 1970, incandesceu o planeta com os acordes dos Beatles, os quatro cavaleiros do Big Bang musical de Liverpool. 

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Dizei-nos cowboy Donald Tramp, quem é esse cara, o muçulmano  Zohran Mamdani, prefeito eleito de New York? “É um comunista lunático”. Nascido em Kampala, capital da Uganda, Mamdani é filho de pai ugandês e mãe indiana. Migrou com a família para a América aos 7 anos. Estudou em colégios e faculdade de elite.

Novayorquinos e outsiders saúdam a Big Apple na voz de Francis Albert Sinatra, americano oriundi da Sicília, berço dos mafiosos na Itália: “Dê uma volta no coração da cidade que não dorme/ E encontre o seu rei/ no topo da montanha/ New York New York”.

Mamdani hoje habita o topo da montanha na Big Apple.   
 “Nacionalidade é acaso de migrações e desordem”, ensinou Sua Excelência o poeta Mário de Andrade, paulistano da gema do ovo dos bandeirantes.

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Zohran Mamdani aprendeu vários idiomas, dominou os recursos dos aplicativos da Internet. Com essas ferramentas da Internet fez campanha e foi eleito prefeito da Big Apple. Cultiva uma vistosa barba socialista, pois todo revolucionário que se preza é barbudo. Se você é barbudo, sinta-se um revolucionário. Se você é um cara escanhoado, tá na cara que é conservador. No tempo da universidade Mamdani atuou como rap num grupo musical. Grunhia sons de protesto contra o sistema capitalista que fez dele um príncipe na vida.

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Mamdani é um self-made-man na definição da cultura americana. Se permanecesse na sua pátria-mãe a Uganda, ou vivesse num País subdesenvolvidos, tipo o Brazil, seria hoje mais um entre milhões de jovens subjugados pelo sistema e pelas engrenagens sociais. 

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Ele era ainda um espermatozoide quando o general Idi Amin Dada, conhecido como “o açougueiro de Uganda”, instalou uma das mais brutais e sangrentas ditaduras em seu País, de 1971 a 1979. Escrevi na época um artigo intitulado “O furibundo ditador”, publicado no Diário de Pernambuco idos 1978-1979. Era uma alma tenebrosa, tipo um Nicolas Maduro. Naqueles tempos as esquerdas combatiam ditaduras, e eu próprio defendia a caterva vermelha, mas já paguei meus pecados.

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O lunático prometeu transporte público gratuito para todos, hospitais e clínicas de saúde para adotar políticas afirmativas da ideologia de gênero e criar um “santuário” LGBT em New York, na linguagem da galera. Faz parte da cultura Woke de esquerda combatida pelo valente cowboy Donald Tramp. 

Assim feito preconizado pela comuna de Paris de 1871, Mamdani irá comandar o “assalto aos céus” para implantar o paraíso socialista na Big Apple.  Em sua cruzada quixotesca o lunático irá aprender que o céu não é perto.

 

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