O golpe do batom atômico ameaçou as instituições
MONTANHAS DA JAQUEIRA – A mundiça da seita vermelha hoje proclama: anistia, never jamais, em relação à mulher do batom atômico aos depredadores do 8 de janeiro. Dizem que o batom atômico tinha uma potência de 15 megaton, mais que a bomba de Hiroshima, capaz de desestabilizar as instituições democráticas de Pindorama.
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Fizeram uma coleta de 8 bilhões de denários na algibeira dos aposentados e pensionistas. A explosão, igual aos mísseis de Israel na Faixa de Gaza, aconteceu debaixo das barbas dos cardeais de Brasília (BSB tem mais cardeais que no Estado do Vaticano), mas os piedosos prelados disseram que eram apenas fogos de artifício em homenagem a São João dos carneirinhos. O monarca do Pastoril encarnado disse que se houve estragos, a culpa era de Bolsonaro.
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Nos anos 1990 a advogada Jorgina Freitas tornou-se figura lendária do reino da corrupção por fraudar o INSS em 310 milhões de dólares. Foi condenada a 14 anos de cadeia, não por usar batom na arte do roubo. Fugiu da cadeia e depois foi recapturada. Conquistou o direito do regime semiaberto por bom comportamento atrás das grades. Jorgina deixou um importante legado sobre corrupção nesta terra. A arte de roubar evoluiu bastante até os dias de hoje. Agora é questão de status.
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Em sendo o escândalo da Previdência Social o novo Petrolão do Lunário número 3, espera-se que os devotos da seita vermelha façam campanha em favor da anistia aos golpistas do INSS. Sejam coerentes, bichos.
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Criminalistas dizem que não existe o crime perfeito. Bobagem. O crime mais que perfeito é um produto a cada dia mais aperfeiçoado nesta Terra de Vera Cruz, a terra da verdadeira cruz. Também existe o milagre do crime sem autor. Nos idos de 2014 um dos expoentes da mega roubalheira na Petrobras profetizou que num futuro breve as histórias do Petrolão seriam consideradas piadas de salão. Acertou. Todos os expoentes daquela epopeia de corrução foram descondenados, até um descendente de Pedrálvares Cabral na Baia da Guanabara. Diz a sentença da bandidagem: “Se não está nos autos, não está no mundo”.
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Num primeiro momento, as autoridades dizem com veemência que o caso será apurado com todo rigor, custe o que custar e doa em quem doer. Faz parte do enrolation. O indivíduo sangra, mata, esfola e confessa o crime com todos os detalhes, mas é sempre chamado de suspeito, para não ferir os seus brios. Se alguém tiver a ousadia de contestá-lo, mesmo que seja da família da vítima, será preso em primeira instância e processado por danos morais, com direito a indenização.
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De grão em grão, até ser esquecido pela opinião pública, o crime será consumado sem autor, feito filho sem pai e mãe. Com amparo na legislação, a indústria da impunidade opera com muita eficiência. Aguardem este novo capítulo do mega assalto aos velhinhos e velhinhas da Previdência Social. Eu já coloquei as barbatanas de molho.
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