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opinião

Pressão por atualização permanente é novo normal

No ambiente corporativo, a busca pela atualização é contínua. Tornou-se uma regra não escrita que leva o profissional em cargos estratégicos a procurar por conhecimento sobre inovações e tendências, novos processos, mudanças no mercado, ideias frescas e equipamentos em desenvolvimento. Vive-se o presente com a constante pressão do dia a dia.

O interesse por informações se tornou uma nova demanda não formalizada na vida do executivo. O profissional líder deve monitorar a equipe, acompanhar a conquista das metas do período e desenvolver as estratégias para novos objetivos.  A mesma pressão por inovação, antes focada nos profissionais de TI, é agora o novo padrão. 

No marketing, por exemplo, as práticas atuais, com medições instantâneas e decisões apoiadas por IA, são radicalmente diferentes da prática de cinco anos atrás. Os profissionais de capital humano são demandados por recrutamentos com perfil que tenham novas sutilezas antes não solicitadas. É exigida do setor de capital humano a manutenção de talentos apontados como basilares.

O novo normal empresarial é exigente e agressivo. Todos querem o modelo de crescimento rápido das startups. As fórmulas de growth (crescimento) ganharam espaço e estratégias. O termo mal tinha sido cunhado, tempos atrás. Hoje, é corriqueiro e deve ser dominado. Os executivos e empresários que desejam manter suas posições ou continuar ascendendo devem fazer a gestão do seu futuro e manter o pé no acelerador.

Manter-se atualizado requer conhecimento prático. Cursos imersivos, objetivos e de curta duração são desenhados a partir de uma demanda do mercado. Quem ocupa posição de destaque — seja head, diretor, executivo ou mesmo o dono — precisa manter suas mentes ativas e atualizadas para conservar suas posições. A busca por opções de treinamento sobre o mercado hoje é o melhor caminho.

Vale seguir a lógica do lutador. Se quem treina mais, tem mais sorte no octógono; então o executivo que se atualiza melhor, tem mais chances contra a obsolescência profissional.

Essa mentalidade é impulsionada pelas rápidas mudanças nas áreas de gestão, marketing, comunicação, experiência do consumidor e tecnologia. O cenário aqui e agora exige líderes com conhecimento, capazes de discernir entre inovações reais e modas passageiras.

A pressão por conhecimento atualizado é uma característica do novo momento das comunicações, com agendas compartilhadas, reuniões remotas (até em deslocamento), toda a divisão da empresa a toques de distância no smartphone.

Já que o mercado pede capacitação, a eficiência pede sala de aula presencial, com formação de networking como subproduto, além do estímulo a troca de ideias com parceiros na mesma vibe, no mercado. As interações digitais são úteis, mas não substituem os benefícios do aprendizado presencial, das conexões naturais e dos insights em tempo real.

Instituições em São Paulo têm uma reputação qualificada, mas os custos e energias envolvidos com uma estadia na capital empresarial do país são desestimulantes. Quem tem tempo para viajar e passar dias longe da base (e da família)? Portanto, a demanda por escolas de negócios práticas e objetivas é real, e os líderes empresariais devem considerar cuidadosamente suas opções para se manterem competitivos no mercado. 

* Sócio da Audens Group


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