Sex, 12 de Dezembro

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Oposição da Tanzânia diz que 2.000 pessoas morreram em protestos recentes

Alguns protestos previstos para esta semana terminaram com as ruas desertas devido ao forte dispositivo de segurança

Samia Suluhu Hassan, presidente da TanzâniaSamia Suluhu Hassan, presidente da Tanzânia - Foto: AFP

O principal partido da oposição da Tanzânia denunciou, nesta quinta-feira (11), que mais de 2.000 pessoas morreram em episódios de violência no âmbito das eleições de 29 de outubro, vencidas pela presidente Samia Suluhu Hassan.

Seu governo é acusado de fraude e de ter orquestrado uma campanha de assassinatos e sequestros de seus detratores antes da votação, o que gerou protestos por todo o país.

O vice-presidente do partido opositor Chadema, John Heche, declarou à empresa que morreram "mais de 2.000 pessoas e mais de 5.000" ficaram feridas em uma semana.

Segundo ele, esta violência foi perpetrada "com a implicação direta do Estado" e constitui "crimes contra a humanidade".

Os balanços anteriores da oposição citavam mais de 1.000 mortos. O governo não comunicou um número de vítimas dos episódios de violência.

O Chadema acusou as forças de segurança de estupros, torturas, assassinatos, saques e prisões arbitrárias.

As autoridades continuam reprimindo a dissidência. Alguns protestos previstos para esta semana terminaram com as ruas desertas devido ao forte dispositivo de segurança.

Na semana passada, a presidente Hassan garantiu que a força empregada era "proporcional à situação", a fim de evitar a derrubada do governo.

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