Seg, 29 de Dezembro

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Ciência

Palavras cruzadas: estudo comprova que as mulheres são melhores que o homens; entenda

Pesquisadores analisaram os resultados de 168 estudos sobre diferenças de gênero em 'fluência verbal' e 'memória episódica verbal'

Palavras cruzadas Palavras cruzadas  - Foto: pixabay

Um novo estudo confirmou que as mulheres são melhores que os homens em jogos como palavras cruzadas. De acordo com pesquisadores da Universidade de Bergen, na Noruega, elas são melhores em encontrar e lembrar palavras do que eles.

A equipe analisou 168 estudos já realizados sobre diferenças de gênero em 'fluência verbal' e 'memória episódica verbal'. A fluência verbal é uma medida do vocabulário de uma pessoa, enquanto a memória verbal-episódica é a capacidade de recordar palavras com que se deparou no passado.

Antes de sua pesquisa, a última análise da literatura que testou diferenças de gênero na fluência verbal e memória foi realizada em 1988. Na época, os pesquisadores concluíram que havia uma pequena vantagem feminina nesse quesito, mas Marco Hirnstein, líder do novo estudo, queria atualizar esse resultado e descobrir a magnitude atual da diferença.

'As mulheres são melhores. A vantagem feminina é consistente ao longo do tempo e da vida, mas também é relativamente pequena”, disse o professor Marco Hirnstein. Os resultados, publicados na revista científica Perspectives on Psychological Science, encontraram uma vantagem pequena, mas consistente, para as mulheres em fluência e memória verbal.

"As mulheres são melhores. A vantagem feminina é consistente ao longo do tempo e da vida, mas também é relativamente pequena”, disse o professor Marco Hirnstein, um dos autores do estudo.

No entanto, a vantagem na fluência verbal só se deu na 'fluência fonêmica', ou seja, nomear palavras que começam com uma letra específica. As diferenças de gênero variaram de acordo com a "categoria" das palavras, por exemplo, nomear coisas vermelhas ou redondas, no que é conhecido como fluência semântica.

A revisão apontou ainda que a dimensão da vantagem feminina estava diretamente associada ao gênero do cientista líder. Ou seja, quando o estudo era liderado por uma mulher, a vantagem feminina era maior do que quando o líder era um homem.

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