Sáb, 06 de Dezembro

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Parentes de jovem encontrada morta na Pavuna se reúnem em sepultamento

Marcelle Julia Araújo da Silva, de 18 anos, estava desaparecida antes de ter sido encontrada em uma das casas do suspeito

Marcelle Julia Araújo da SilvaMarcelle Julia Araújo da Silva - Foto: Reprodução/Internet

Na tarde desta segunda-feira, é realizado o sepultamento da jovem Marcelle Julia Araújo da Silva, de 18 anos, que teve seu corpo encontrado por parentes no último sábado, em um imóvel na comunidade Beira Rio, na Pavuna, Zona Norte do Rio. A propriedade pertence ao suspeito do assassinato, o comerciante Zhaohu Qiu, cidadão chinês de 35 anos, conhecido na região como Xau.

O Corpo da adolescente foi encontrado mutilado por cães, assim, o velório ocorre com o caixão fechado. Sem poder dar um último beijo em Marcelle, parentes e amigos se uniram em um grito de "Justiça para Marcelle!".

— Só queremos que ele pague pelo que fez. Ele foi tão cruel que nem deixou a gente se despedir dela. O caixão está fechado — desabafa Daiana Azoor, tia da jovem.

Para ela, Xau é o autor do crime, motivado por ciúmes, já que Marcelle estava reatando um namoro com uma menina.

Quem é Marcelle?
Moradora do Jardim América, Zona Norte da cidade, Marcelle era uma jovem de 18 anos. Segundo os parentes, a menina estava concluindo um curso de design de sobrancelhas e pretendia fazer uma página nas redes sociais destinada à autoestima feminina.

— Ela era linda, carismática, muito alegre e gostava de ajudar os outros a se sentirem bem. Tinha uma vida inteira de sonhos e tava buscando realizar — conta Cláudia Luciana, tia avó.

Ramon Souza, primo, reforça o quanto ela gostava de estar cercada por pessoas:

— Adorava dançar, dançava de tudo, mas funk era o ritmo favorito. Gostava de praia também e do Flamengo — compartilha Ramon Souza, primo da vítima.

Quem era Xau?
O Chinês de 35 anos, era vendedor de yakissoba no Jardim América. Chegou no bairro há 10 anos e era bem quisto pela comunidade e amigo da família da vítima.

Frequentava a casa de Marcelle e, segundo parentes, sempre foi prestativo e atencioso. Um bom amigo, mas que deixava sinais de uma obsessão pela jovem.

— Ele sempre foi um parceiro da família. Sempre agradável, solicito, mas tinha uma obsessão pela Marcelle. Nunca entendemos bem. Ele conheceu ela, quando a Marcelle era uma menina ainda — relata Daiana Azoor.

Xau já havia tentado chamar atenção da moça algumas vezes, mas nunca foi correspondido. Mesmo assim, estava sempre por perto e tentando agradá-la. Mantinham a amizade e por isso, o crime surpreendeu a comunidade.

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