PF faz operação conta ataques cibernéticos a deputados que apoiaram PL antiaborto
Polícia identificou que sites de deputados federais foram alvo de ataques coordenados
A Polícia Federal realiza, nesta terça-feira (2), uma operação para reprimir e esclarecer ataques cibernéticos contra parlamentares federais que manifestaram apoio ao projeto de lei conhecido como PL Antiaborto. Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão em São Paulo e em Curitiba.
Os ataques em questão eram do tipo negação de serviço (DDoS), que ocorre quando um sistema é sobrecarregado com acessos ou solicitações falsas, impedindo seu funcionamento normal. O objetivo é tirar sites ou serviços do ar, deixando-os indisponíveis.
A PF identificou que "diversos sites de deputados federais foram alvo de ataques coordenados, resultando em instabilidade e períodos de indisponibilidade, afetando a comunicação institucional e a atuação legislativa".
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Intitulada de Operação Intolerans, a ação da PF teve apoio de parceiros estrangeiros por meio de cooperação jurídica internacional.
O PL antiaborto foi discutido na Câmara dos Deputados no ano passado e gerou ampla repercussão. O texto visava equiparar o aborto após a 22ª semana ao crime de homicídio, e tinha apoio da banca evangélica.
Na época, o site oficial do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi vítima de um ataque hacker e ficou fora do ar, tendo apenas um tuíte do presidente Lula (PT).

