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Rio de Janeiro

Polícia Civil investiga esquema de fabricação e comércio ilegal de armas no Rio e no Paraná

Ação mira esquema que produzia e vendia armas e munições de forma ilegal, com uso de transportadoras privadas para envio clandestino

Fuzis de assalto apreendidos durante a Operação Contenção no Complexo da Penha são exibidos durante uma coletiva de imprensa na sede da Polícia Civil no Rio de JaneiroFuzis de assalto apreendidos durante a Operação Contenção no Complexo da Penha são exibidos durante uma coletiva de imprensa na sede da Polícia Civil no Rio de Janeiro - Foto: Mauro Pimentel/AFP

A Polícia Civil deflagrou, nesta quinta-feira, uma operação para desarticular uma estrutura voltada à fabricação artesanal e ao comércio irregular de armas de fogo, munições e acessórios bélicos. A ação é coordenada pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e conta com o apoio da Polícia Civil do Paraná. As diligências acontecem nos dois estados e têm como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão.

Conforme a corporação, a investigação iniciou a partir da análise técnica de dados extraídos de dispositivos eletrônicos apreendidos em uma fase anterior da operação. O material foi submetido à perícia digital, e o conteúdo analisado revelou um expressivo volume de comunicações, trocas de arquivos e registros audiovisuais. Esses dados demonstraram negociações frequentes e sistemáticas de artefatos bélicos de uso permitido e restrito, além de insumos utilizados na recarga e montagem de munições.

Durante as apurações, os agentes identificaram relações estáveis entre fabricantes, intermediários e compradores. O grupo atuava na produção de munições de calibres diversos e na comercialização de fuzis e metralhadoras de fabricação artesanal.

As mensagens interceptadas e registros financeiros indicam lucros que variavam entre 100% e 150%, além do uso de transportadoras privadas para o envio clandestino do material. Segundo as investigações, havia orientações expressas sobre a dissimulação do conteúdo e a ocultação da identidade dos remetentes.

Os policiais também descobriram a existência de pontos de fabricação e armazenamento, onde eram mantidos ferramentas, peças de reposição, insumos e equipamentos de recarga. Parte das armas produzidas ou adquiridas irregularmente era distribuída a terceiros, sem qualquer controle.

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