Dom, 07 de Dezembro

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Polícia desmantela rede de tráfico de cocaína entre Brasil e França

Os crimes envolviam funcionários do serviço de bagagens do aeroporto parisiense Roissy-Charles de Gaulle

Torre EiffelTorre Eiffel - Foto: Martin Bureau / AFP

Uma rede de tráfico de cocaína entre França e Brasil que envolveu funcionários do serviço de bagagens do aeroporto parisiense Roissy-Charles de Gaulle foi desmantelada e oito pessoas foram detidas, informaram as autoridades neste sábado.

As detenções aconteceram em 3 de junho em áreas próximas a Paris no âmbito de uma operação que mobilizou 105 policiais e vários serviços especializados, segundo a força de segurança.

As detenções aconteceram como parte de uma investigação judicial aberta em janeiro por tráfico de entorpecentes em grupo organizado, associação criminosa e lavagem de dinheiro procedente do tráfico de drogas, segundo uma fonte judicial.

Sete pessoas detidas foram indicadas na sexta-feira, de acordo com a mesma fonte.

Duas delas foram colocadas em prisão preventiva, quatro sob controle judicial e a última solícita uma audiência diferida com o juiz de liberdades e detenção.

No final de 2024, duas caixas que continham 45 blocos de cocaína, ou seja, um total de 50 kg, foram descobertas durante uma inspeção de segurança aeroportuária realizada pela Seção de Investigação do Transporte Aéreo (SRTA), informou a polícia.

Após identificar o transporte de drogas do Brasil para o aeroporto Charles de Gaulle, a SRTA iniciou uma investigação para determinar a origem do tráfico.

A aplicação de técnicas especiais de investigação permitiu definir a magnitude da rede, ativa principalmente em Seine-Saint-Denis e que depende de vários funcionários e diretores de uma empresa aeroportuária para retirar entre 20 e 50 quilos de cocaína por mês.

Quase 500.000 euros (cerca de 570.000 dólares, 3,16 milhões de reais) em produtos ilícitos e um pouco mais de 100.000 euros (114.000 dólares, 633.000 reais) em dinheiro foram apreendidos, além de cinco veículos, uma casa, artigos de luxo (roupas, perfumes, joias...) e uma arma de mão.

De acordo com a polícia, "este caso ilustra a capacidade das organizações criminosas de subornar agentes aeroportuários, envolvendo especialmente gerentes intermediários não conhecidos pela justiça".

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