Porte físico contribuiu para que banhista atacado por tubarão sobrevivesse
Banhista atacado por um tubarão na praia de Piedade e teve uma perna e um braço amputados pode receber alta em 15 dias. O porte físico da vítima contribuiu para que resistisse aos traumas e surpreendeu a equipe médica
Pouco depois de um mês após ser atacado por um tubarão na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, o banhista Pablo Diego Inácio de Melo, de 34 anos, que teve perna e braço amputados, pode receber alta em 15 dias. Os detalhes foram divulgados nesta quinta-feira (17), no Hospital da Restauração, no bairro do Derby, na área Central do Recife. Segundo o cirurgião vascular Adércio Pereira, o porte físico do paciente contribuiu muito para que ele resistisse aos traumas.
"Ele surpreendeu positivamente toda a equipe médica. Foi uma vitória porque o paciente é muito forte. Felizmente, todo o conjunto funcionou em prol da vitória dele", destacou o cirurgião, que garantiu que o atendimento pré-hospitalar foi fundamental. "Pablo veio de helicóptero para o hospital e isso ajudou muito. Enquanto ele era socorrido, três equipes de cirurgiões, duas equipes de ortopedistas e uma equipe de vascular os aguardava", disse Adércio.
Ele relatou que Pablo Diego sofreu três tipos de trauma: no membro superior direito, no membro inferior direito e no membro superior esquerdo. "Foi um caso atípico, com muitas lesões. Ele perdeu volume importante de sangue. Somente no bloco, foram 11 transfusões", comentou o médico vascular.
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Durante um mês de internamento, a equipe médica do HR se preocupou em repor a perda de sangue, controlar a infecção e, agora, nessa etapa final, as sequelas. "Ele vai precisar de fisioterapia e próteses para os membros", disparou o cirurgião, que comentou que o paciente, apesar de saber das sequelas, segue bem, confiante e com auto estima elevada. "Isso ajuda muito na recuperação", finalizou.

