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TROMBA D´ÁGUA

Quatro vítimas de naufrágio de superiate na Itália sufocaram em 'bolha de ar', apontam autópsias

Embarcação transportava 22 pessoas e foi atingida por uma tromba d'águ quando estava ancorada em frente a Porticello

Superiate Bayesian Superiate Bayesian  - Foto: Divulgação/Perini Navi

Quatro das sete pessoas que morreram no naufrágio do superiate na costa da Sicília ficaram sufocados em uma "bolha de ar" depois que o oxigênio da cabine acabou.

As informações constam dos resultados das autópsias nos corpos de Jonathan e Judy Bloomer e Chris e Neda Morvillo, divulgados nesta quarta-feira pela imprensa italiana.

Durante uma tempestade, o veleiro com 22 passageiros a bordo foi tombado por um tornado raro na região, no mês passado. De acordo com o jornal La Reppublica, os peritos não encontraram água nos pulmões das quatro vítimas.

Uma investigação apura apurando a responsabilidade de três tripulantes do "Bayesian" por suspeita de homicídio culposo e de causar o naufrágio.

O capitão do navio, James Cutfield, não falou sobre o naufrágio e se recusou a dar declarações quando questionado pelos promotores.

Quem estava no iate?
Após a tempestade, o bote salva-vidas do superiate foi utilizado para resgatar 15 pessoas. Segundo a imprensa local, entre os amontoados no barco salva-vidas, estava Angela Baccares; Sasha Murray; Myin Htun Kyaw; Matthew Griffith; Ayla Ronald; Matthew Fletcher; e o capitão do navio, Calfield.

As outras pessoas encontradas mortas são o presidente do Conselho de Administração da Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, e sua esposa; Christopher Morvillo, sócio do escritório de advocacia Clifford Chance, em Nova York, e a esposa, Neda Morvillo.

O iate, que havia partido de Roterdã e feito um cruzeiro pelas águas do Mediterrâneo, entrando pelo estreito de Gibraltar, estava ancorado em frente ao porto de Porticello, no golfo da cidade de Palermo. Passaria a noite lá, após navegar durante o dia ao largo das costas de Cefalù.

O plano de seguir rumo às magníficas ilhas Eólias, no dia seguinte, foi interrompido por uma forte tempestade, que provocou a tragédia.

Segundo sobreviventes, o grupo foi convidado por Mike Lynch, dono da embarcação, e saiu de Londres para fazer a travessia de barco na Sicília. Todos eram colegas e colaboradores da empresa de Lynch.

A embarcação, que levava a bordo 10 tripulantes e 12 passageiros de nacionalidades britânica, americana e canadense, era conhecido por ter um dos maiores mastros do mundo, feito de alumínio e com 75 metros de altura, o superiate era oferecido para aluguel em seu site por até R$ 1,1 milhão por semana.

Construído em 2008 pela empresa italiana Perini Navi, o barco tinha quatro cabines duplas, uma tripla e uma suíte, além de acomodações para a tripulação.
 

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