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Quem é Weverton Rocha, senador que foi alvo de operação da PF em investigação sobre fraude do INSS

Senador foi assessor de Lupi no Ministério do Trabalho e é um dos aliados de Alcolumbre no Senado

O relator da indicação de Flávio Dino para o STF no Senado, Weverton Rocha O relator da indicação de Flávio Dino para o STF no Senado, Weverton Rocha  - Foto: Agência Senado

Alvo de uma operação da Polícia Federal, o senador Weverton Rocha (MA) é um dos vice-líderes do governo no Senado e um nome de confiança do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP). O parlamentar foi escolhido, por exemplo, para relatar a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Weverton também relata a nova Lei de Crimes de Responsabilidade, uma legislação do impeachment revisada, que traz novas regras sobre a apresentação de uma denúncia para iniciar um processo contra um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras autoridades, como o presidente da República.

O parlamentar está no fim do seu primeiro mandato como senador, após ter sido em 2018 para o cargo. Antes, havia sido deputado federal por oito anos, quando também exerceu o cargo de líder do PDT na Câmara.

O nome de Weverton foi um dos primeiros a surgir por suposto envolvimento nas fraudes do INSS. Ele admitiu ter se reunido ao menos duas vezes com o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS". Os dois se reuniram no Senado e estiveram juntos na casa do parlamentar em Brasília durante um "costelão" (churrasco de costela).

Os encontros foram confirmados por pessoas próximas a Weverton e pela própria assessoria do parlamentar. "Conheci Antônio Carlos Camilo Antunes em um costelão na minha casa, para a qual ele foi levado por um convidado. Na ocasião, ele se apresentou como empresário do setor farmacêutico", disse Weverton em nota enviada ao GLOBO.

Devido à sua influência no Congresso, ele foi convidado para integrar a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que foi à China no início do ano. No governo de Dilma Rousseff, foi assessor de Carlos Lupi no Ministério do Trabalho. Na época, o ministro deixou a pasta após suspeitas de desvios de recursos. Ele nega ter cometido irregularidades.

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