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Reconhecimento da Palestina enviará "mensagem muito clara" a Israel, diz diplomacia palestina

Ministra das Relações Exteriores da Autoridade Palestina disse esperar que a comunidade internacional cumpra sua palavra

A bandeira das Nações Unidas tremula do lado de fora da sede da ONU em Nova York em 17 de setembro de 2025.A bandeira das Nações Unidas tremula do lado de fora da sede da ONU em Nova York em 17 de setembro de 2025. - Foto: Daniel Slim / AFP

O futuro reconhecimento do Estado da Palestina por vários países, à margem da Assembleia Geral da ONU, representará "uma mensagem muito clara" para Israel, declarou, nesta quarta-feira (17), a ministra das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, Varsen Aghabekian Shahin.

Em entrevista à AFP, a poucos dias da cúpula sobre a questão palestina que será copresidida por França e Arábia Saudita em 22 de setembro, na ONU — na qual vários países prometeram reconhecer oficialmente o Estado palestino —, Aghabekian disse esperar que a comunidade internacional cumpra sua palavra.

"O reconhecimento não é simbólico. É algo muito importante, porque envia um recado claro aos israelenses sobre a ilusão de querer perpetuar a ocupação para sempre", afirmou.

A chanceler palestina disse esperar que o gesto seja "um impulso para o futuro" e ajude a conter Israel.

"Israel diz ao mundo: 'Quero seguir adiante, quero construir esse grande Israel', o que implica uma ameaça à segurança, à independência e à soberania dos Estados vizinhos. E a ausência de reconhecimento só reforça os extremistas de ambos os lados — israelenses e palestinos — que não desejam ver dois Estados coexistindo", acrescentou.

Na terça-feira, Israel anunciou o início de uma ampla ofensiva terrestre e aérea contra a Cidade de Gaza, com o objetivo de "eliminar" o movimento islamista Hamas, cujo ataque em 7 de outubro de 2023 em território israelense desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.

A campanha de represália de Israel já deixou ao menos 65.062 palestinos mortos na Faixa de Gaza, a maioria civis, segundo números do Ministério da Saúde, considerados confiáveis pela ONU.

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