Sáb, 06 de Dezembro

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Rubio evita chamar Putin de 'criminoso de guerra'

Putin é alvo de um mandado de prisão do TPI por transportar crianças da Ucrânia ocupada para a Rússia

O Secretário de Estado dos EUA, Marco RubioO Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio - Foto: Brendan Smialowski / AFP

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, se absteve de chamar o presidente russo, Vladimir Putin, de "criminoso de guerra" nesta quarta-feira (21), afirmando que a prioridade é negociar para tentar encerrar a guerra na Ucrânia.

Dezenas de milhares de pessoas, a maioria civis, morreram desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.

No início da guerra, dezenas de civis foram encontrados mortos em Bucha, na periferia de Kiev, após meses de ocupação pelas forças russas.

Putin é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) por transportar crianças da Ucrânia ocupada para a Rússia.

Diante da Câmara dos Representantes, o congressista democrata Bill Keating lembrou Rubio o que ele dizia sobre Putin quando era senador e perguntou se ainda acreditava que ele era um "criminoso de guerra".

"Se foram cometidos crimes na guerra contra a Ucrânia, haverá responsabilização, mas nosso objetivo agora é acabar com essa guerra", respondeu Rubio.

"Porque, deixe-me dizer, a cada dia que esta guerra continua, há mortes, mais pessoas são mutiladas e, francamente, mais crimes de guerra estão sendo cometidos", disse.

Keating acusou Rubio de ser "incoerente" e "ambíguo".

Mais tarde, Rubio respondeu a um congressista republicano dizendo que era preciso dialogar com a Rússia.

"Se não houvesse comunicação entre os Estados Unidos e a Rússia em 1961", disse Rubio, "o mundo poderia ter acabado durante a Crise dos Mísseis de Cuba".

O presidente Donald Trump falou por telefone com Putin e o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, na segunda-feira em sua tentativa, até agora malsucedida, de acabar com a guerra.

Putin, isolado internacionalmente durante o mandato do ex-presidente democrata Joe Biden, rejeitou o cessar-fogo exigido por Washington e Kiev.

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