Rússia condenou a 13 anos de prisão dois colombianos acusados de combater pela Ucrânia
O jornal colombiano El Tiempo afirmou que eles foram detidos na capital venezuelana pela polícia deste país aliado da Rússia
Um tribunal administrado por Moscou na região ucraniana ocupada de Donetsk condenou dois cidadãos colombianos a 13 anos de prisão após serem acusados de combater pelas forças ucranianas, informou nesta quinta-feira (6) o procurador-geral da Rússia.
O gabinete do procurador disse no Telegram que Alexander Ante e José Medina foram condenados por "participar como mercenários" das hostilidades ao lado das Forças Armadas da Ucrânia.
Medina, de 37 anos, e seu compatriota, Alexander Ante, de 48, ambos ex-soldados do Exército colombiano, desapareceram durante seis semanas após aterrissarem na Venezuela em uma escala em 18 de julho de 2024.
Sua jornada para se alistar nas forças ucranianas começou no final de 2023. Ante partiu da Colômbia em outubro e Medina, em novembro.
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Em julho de 2024, os dois ex-militares planejaram retornar juntos às suas casas em Popayán, departamento do Cauca, no sudoeste. Voaram de Madri até Caracas, de onde pretendiam seguir viagem para Bogotá, mas ali seus familiares perderam o contato com eles.
O jornal colombiano El Tiempo afirmou que eles foram detidos na capital venezuelana pela polícia deste país aliado da Rússia.
Em 28 de agosto de 2024, um tribunal de Moscou anunciou a detenção provisória dos dois colombianos, acusados de serem "mercenários".
A Rússia, que lançou em fevereiro de 2022 sua ofensiva na Ucrânia, considera sistematicamente os estrangeiros que lutam nas tropas ucranianas como "mercenários", o que é punido pela lei russa.
Vários estrangeiros foram julgados por tribunais situados nos territórios ucranianos ocupados pela Rússia nos últimos três anos.
No mês de maio, um australiano foi condenado a 13 anos de prisão por ter combatido entre março e dezembro de 2024 contra o Exército russo junto aos soldados ucranianos.
Em outubro de 2024, um tribunal de Moscou condenou a seis anos e dez meses de prisão Stephen Hubbard, um cidadão americano de 70 anos, por "ser mercenário" de Kiev.
Por sua vez, a Ucrânia anunciou em abril a captura de dois cidadãos chineses acusados de terem combatido no Exército russo.

