Tarcísio descarta envolvimento do PCC em adulteração de bebidas
Governador disse nesta terça, 30, que "não há evidências de participação do crime organizado"
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) descartou o envolvimento do PCC na adulteração de bebidas alcoólicas. Em coletiva de imprensa nesta terça, 30, ele afirmou que "não há evidências de participação do crime organizado."
"Pessoas que trabalham nas destilarias investigadas não tem ligação com o crime e não têm ligação entre si", completou.
A hipótese de elo com a facção foi levantada pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação. Em nota divulgada no domingo, 28, a entidade apontou que a substância usada para adulterar as bebidas pode ser a mesma importada ilegalmente pelo PCC para misturar aos combustíveis.
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A gestão estadual anunciou a interdição dos estabelecimentos suspeitos de vender bebidas contaminadas. A medida é cautelar e foi tomada após o Estado registrar cinco mortes suspeitas de intoxicação por metanol. Outros 15 casos de contaminação são investigados.
PF abre investigação
Mais cedo, o governo federal anunciou que a Polícia Federal abriu inquérito para investigar a contaminação de bebidas alcoólicas com metanol.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que pediu a abertura do inquérito após indícios de que haja distribuição de bebidas contaminadas para outros Estados do País.
"No momento, (as ocorrências) estão concentradas em São Paulo, mas tudo indica que há distribuição para além do Estado de São Paulo e, portanto, por ser ocorrência que transcende o limite de um Estado atrai a competência da Polícia Federal", disse o ministro.

