Sex, 05 de Dezembro

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UE pedirá a Israel que melhore a situação humanitária em Gaza

O tema fez parte da agenda de uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE, em Bruxelas

Palestinos esperam por comida em um ponto de distribuição em Nuseirat, no centro da Faixa de GazaPalestinos esperam por comida em um ponto de distribuição em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza - Foto: Eyad Baba / AFP

A União Europeia antecipou, nesta segunda-feira (23), que pedirá a Israel que melhore a situação humanitária em Gaza, depois de revisar um acordo de cooperação e concluir que o país não cumpriu com suas obrigações em matéria de direitos humanos.

"Entraremos em contato com Israel para apresentar nossas descobertas e ver como podemos melhorar a situação no território", disse a chefe de diplomacia da UE, Kaja Kallas, em uma coletiva de imprensa.

"Se a situação não melhorar, então podemos discutir medidas adicionais", acrescentou.

O tema fez parte da agenda de uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE, em Bruxelas.

A UE iniciou uma revisão do acordo de associação firmado com Israel, devido a um artigo que exige o respeito pelos direitos humanos.

Esta revisão concluiu que a conduta de Israel em Gaza estava em conflito com suas obrigações.

O texto, ao qual a AFP teve acesso, menciona o bloqueio de ajuda humanitária para Gaza, o alto número de vítimas civis e o deslocamento massivo de pessoas causado pela guerra.

Kallas apresentou, nesta segunda-feira, os resultados da revisão aos diplomatas do bloco.

"Nossa principal preocupação é a distribuição de ajuda humanitária (...) Vemos a ajuda humanitária acumulada nas fronteiras, mas mesmo assim ela não chega às pessoas", comentou.

Vários países, incluindo a Espanha, pediram à UE que suspendesse esse acordo.

No entanto, tal decisão requer unanimidade entre os Estados-membros da UE, cenário que os diplomatas disseram desde o início ser praticamente impossível.

Entretanto, medidas comerciais poderiam ser adotadas com uma maioria qualificada, e Kallas insinuou que a resposta da UE poderia ir nessa direção.

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