Sáb, 06 de Dezembro

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Vai viajar? O ar em aviões é mais limpo do que você imagina, comprova novo estudo

Trabalho foi publicado na revista científica Microbiome

 O ar em aviões é mais limpo do que você imagina O ar em aviões é mais limpo do que você imagina - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Muitas pessoas convivem com um medo latente da contaminação através do ar em espaços públicos. Uma nova pesquisa da Universidade Northwestern, dos EUA, mostrou que o ar ambiente em aviões e até mesmo em hospitais contém principalmente micróbios inofensivos normalmente associados à pele humana.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores utilizaram máscaras faciais usadas e um filtro de ar de aeronave, tanto em voos domésticos quanto internacionais. Após o pouso, eles colocaram as máscaras em sacos estéreis e as enviaram para o laboratório de Hartmann. Para comparação, Hartmann também coletou máscaras faciais que os voluntários levaram em voos, mas não usaram.

A equipe selecionou hospitais como o segundo local de teste. E, depois usarem máscaras faciais durante um turno, os funcionários do hospital enviaram suas máscaras para o laboratório.

Em todas as amostras, a equipe detectou 407 espécies microbianas distintas, incluindo bactérias comuns da pele e micróbios ambientais. Embora a abundância de cada microrganismo presente fosse ligeiramente diferente, as comunidades microbianas de hospitais e aviões eram muito semelhantes.

Alguns micróbios potencialmente causadores de doenças também foram observados, contudo, eles estavam em quantidades extremamente baixas e sem sinais de infecção ativa.

"Percebemos que poderíamos usar máscaras faciais como um dispositivo barato e fácil para coletar amostras de ar, tanto para exposições pessoais quanto gerais. Extraímos o DNA dessas máscaras e examinamos os tipos de bactérias encontradas. De forma um tanto previsível, as bactérias eram do tipo que normalmente associamos ao ar interno. O ar interno tem características semelhantes às do ar interno, que por sua vez, se assemelha à pele humana", explica Erica M. Hartmann, da Northwestern University, que liderou o estudo.

Foi possível observar que essas bactérias predominantes eram inofensivas, associadas ao contato humano, predominam tanto no ar de aviões quanto no ar de hospitais. A pesquisa foi publicada na revista científica Microbiome.

"Para este estudo, analisamos exclusivamente o que está presente no ar. A higiene das mãos continua sendo uma maneira eficaz de prevenir a transmissão de doenças por superfícies. Estávamos interessados em saber a que as pessoas são expostas pelo ar, mesmo que lavem as mãos", conclui Hartmann.

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