2016 foi o ano que abalou a República
O ano de 2016 entra para a história como um dos períodos de maior turbulência no Brasil.
O ano de 2016 ficou marcado pelo acúmulo de crises. Com a economia em declínio, o País também vivenciou fortes turbulências políticas, com a consolidação do segundo impeachment presidencial de sua história e a eclosão de sucessivos escândalos de corrupção. Neste cenário, a polarização da classe política e da própria sociedade foi determinante para o agravamento das agendas negativas. De um lado, o PT se tornou o principal alvo da Lava Jato. Ao deixar o governo, após 13 anos no poder, acusou os partidos rivais e a própria Justiça de armarem uma verdadeira operação de guerra para neutralizá-lo. De outro, legendas como o PSDB, o DEM e o PMDB - que abandonou a aliança com o governo Dilma e foi determinante para a queda da ex-presidente - acusaram os petistas de serem responsáveis por levar o País ao fundo do poço. Por fim, os dois lados se viram imersos em graves denúncias e tiveram que lidar com a judicialização da política, que terminou por colocar em risco a legitimidade das instituições públicas e a estabilidade da própria democracia brasileira.
No dia 5 de maio, Cunha foi afastado do mandato e da presidência da Câmara por decisão unânime do STF. Por fim, ele teve o seu mandato cassado pela Câmara e terminou sendo preso.
O vice-presidente Michel Temer assumiu a Presidência interinamente e empossou seus ministros. Neste momento, a agenda política nacional se inverteu. Alçado ao poder com a missão de tirar o País do atoleiro, Temer enfrentou sérias dificuldades para governar.
Após o episódio, os dois terminaram desembarcando do governo. Ao todo, foram sete baixas, em pouco mais de sete meses. Como se não bastasse, Temer foi diretamente atingido pelas delações premiadas de ex-funcionários da Odebrecht. Ele foi acusado de intermediar o pagamento de R$ 10 milhões ao PMDB.
