Sex, 05 de Dezembro

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Minas Gerais

Aécio aparece em propaganda eleitoral do PSDB com críticas à gestão de Zema

Ex-governador tucano criticou privatizações e comparou feitos do adversário ao seu período no comando do estado

Aécio Neves critica gestão de Zema em propaganda eleitoral do PSDB em MG Aécio Neves critica gestão de Zema em propaganda eleitoral do PSDB em MG  - Foto: Reprodução/Redes sociais

Em tom eleitoral, o deputado federal Aécio Neves (PSDB) teceu críticas à gestão de Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais, ao participar das propagandas políticas de seu partido veiculadas na TV, na rádio e nas redes sociais da sigla.

Nas peças publicitárias, o parlamentar se manifestou contrário a projetos de privatização de empresas estatais tocados pelo governo e destacou aspectos de seu próprio período no comando do estado.

— A verdade é que Minas parou. A verdade é que nós não participamos de nenhuma das grandes discussões nacionais e perdemos o essencial: a nossa capacidade de investir em educação, saúde, segurança pública, infraestrutura e em você. Isso tem que mudar rápido. O PSDB, como você se lembra, já mostrou que sabe fazer. E quem já fez pode fazer de novo — disse.

Em outro vídeo, disse que, no período em que era governador, companhias como a Cemig (energia), a Copasa (saneamento básico) e a Codemig (desenvolvimento econômico) "eram motivo de orgulho dos mineiros", mas estariam sendo "sucateadas para serem entregues na bacia das almas".

— Minas merece respeito e uma gestão responsável, e o PSDB está aqui para defender o patrimônio dos mineiros — completou.

Dentro do PSDB, Aécio já foi cotado por correligionários como um nome para voltar a disputar o governo de Minas, como informou a colunista Bela Megale, mas ainda não teria definido sua posição. No partido, ele atua como uma das lideranças remanescentes da sigla após uma debandada ao longo dos últimos anos.

O partido já comandou a Presidência da República por dois mandatos, com Fernando Henrique Cardoso, e polarizou a política nacional com o PT por cerca de 20 anos, mas hoje tem uma bancada diminuta no Congresso, de governadores e de líderes nacionais.

Nas perdas mais recentes, os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de Pernambuco, Raquel Lyra, saíram do PSDB e se filiaram ao PSD. Já Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul, deixou o ninho tucano pelo PP.

Até a primeira metade do ano, estavam nos planos da sigla a articulação por uma fusão com o Podemos, que não foi para frente por conta de uma falta de acordo pelo comando da nova sigla.

Pela proposta dos tucanos, o comando do partido seria exercido em sistema de rodízio, com mudanças a cada seis meses em um primeiro momento e depois como alternância a cada ano. A sugestão não foi aceita e as duas legendas resolveram encerrar as tratativas.

O PDSB, por sua vez, ainda poderá apostar na formação de uma nova federação, que permite a soma dos resultados nas eleições no Congresso, mas pode ser desfeita a cada quatro anos. Atualmente, o partido está federado ao Cidadania, que tem investido em dar um fim à aliança no ano que vem e investir na aproximação com o PSB.

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