Aécio aparece em propaganda eleitoral do PSDB com críticas à gestão de Zema
Ex-governador tucano criticou privatizações e comparou feitos do adversário ao seu período no comando do estado
Em tom eleitoral, o deputado federal Aécio Neves (PSDB) teceu críticas à gestão de Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais, ao participar das propagandas políticas de seu partido veiculadas na TV, na rádio e nas redes sociais da sigla.
Nas peças publicitárias, o parlamentar se manifestou contrário a projetos de privatização de empresas estatais tocados pelo governo e destacou aspectos de seu próprio período no comando do estado.
— A verdade é que Minas parou. A verdade é que nós não participamos de nenhuma das grandes discussões nacionais e perdemos o essencial: a nossa capacidade de investir em educação, saúde, segurança pública, infraestrutura e em você. Isso tem que mudar rápido. O PSDB, como você se lembra, já mostrou que sabe fazer. E quem já fez pode fazer de novo — disse.
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Em outro vídeo, disse que, no período em que era governador, companhias como a Cemig (energia), a Copasa (saneamento básico) e a Codemig (desenvolvimento econômico) "eram motivo de orgulho dos mineiros", mas estariam sendo "sucateadas para serem entregues na bacia das almas".
— Minas merece respeito e uma gestão responsável, e o PSDB está aqui para defender o patrimônio dos mineiros — completou.
Dentro do PSDB, Aécio já foi cotado por correligionários como um nome para voltar a disputar o governo de Minas, como informou a colunista Bela Megale, mas ainda não teria definido sua posição. No partido, ele atua como uma das lideranças remanescentes da sigla após uma debandada ao longo dos últimos anos.
O partido já comandou a Presidência da República por dois mandatos, com Fernando Henrique Cardoso, e polarizou a política nacional com o PT por cerca de 20 anos, mas hoje tem uma bancada diminuta no Congresso, de governadores e de líderes nacionais.
Nas perdas mais recentes, os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de Pernambuco, Raquel Lyra, saíram do PSDB e se filiaram ao PSD. Já Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul, deixou o ninho tucano pelo PP.
Até a primeira metade do ano, estavam nos planos da sigla a articulação por uma fusão com o Podemos, que não foi para frente por conta de uma falta de acordo pelo comando da nova sigla.
Pela proposta dos tucanos, o comando do partido seria exercido em sistema de rodízio, com mudanças a cada seis meses em um primeiro momento e depois como alternância a cada ano. A sugestão não foi aceita e as duas legendas resolveram encerrar as tratativas.
O PDSB, por sua vez, ainda poderá apostar na formação de uma nova federação, que permite a soma dos resultados nas eleições no Congresso, mas pode ser desfeita a cada quatro anos. Atualmente, o partido está federado ao Cidadania, que tem investido em dar um fim à aliança no ano que vem e investir na aproximação com o PSB.

