Apoiadores na Paulista colocam Eduardo Bolsonaro à frente de Michelle para Presidência, aponta USP
Pesquisa realizada em ato neste domingo aponta filho do ex-presidente com 28% da preferência, contra 14% da ex-primeira-dama
O ato na Avenida Paulista deste domingo (29/8), convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais esvaziado que as últimas edições, trouxe percepções diferentes em alguns temas. O nome para a sucessão do ex-presidente na disputa em 2026 aponta que o favorito ao posto continua sendo o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), no entanto, o deputado Eduardo Bolsonaro supera a preferência da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pela primeira vez na pesquisa.
De acordo com dados da pesquisa de opinião feita pelo "Monitor do debate político" da USP - Universidade de São Paulo, caso Bolsonaro não possa ser candidato na próxima disputa eleitoral, Tarcísio é o melhor nome para concorrer ao posto, segundo 30% presentes. Eduardo é mencionado por 28%, e Michelle, 14%. Como a margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais para ou para menos, o governador fica empatado com o deputado, atualmente radicado nos Estados Unidos.
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Em outra pergunta do questionário, 55% considera "muito adequada" a medida golpista de decretar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após as eleições de 2022. Outros 15% consideram "pouco adequada". Questionados se o ato seria constitucional ou inconstitucional, 57% dizem que a proposta é "completamente constitucional". Somente 4% consideram "completamente inconstitucional".
No entanto, assim como ex-presidente Jair Bolsonaro, que durante seu depoimento no julgamento da trama golpista considerou àqueles que pediram intervenção militar ao final de seu governo como "malucos", 43% dos presentes concordam totalmente com a afirmação. Outros 19% concordam em parte, 11% discordam em parte, 13%, discorda totalmente.
O "Monitor do debate político" é realizado pela ONG More in Common e pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto, da USP. A pesquisa entrevistou 591 pessoas, entre 13h30 e 17h, em toda a extensão da Avenida Paulista ocupada pela manifestação.

