Dom, 14 de Dezembro

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Política

Baleia não deve prestar serviço a Jucá, dizem aliados

Baleia preside o PMDB-SP, posição que, segundo pessoas próximas, o leva a analisar com ponderação

Lider do PMDB na Câmara Federal Lider do PMDB na Câmara Federal  - Foto: Agencia Brasil

O encontro do deputado Jarbas Vasconcelos com o líder do PMDB, Baleia Rossi, na área de fumantes da Câmara Federal, deu-se por acaso anteontem. Mas ocorreu num momento em que o barulho, provocado pela forma como o senador Fernando Bezerra Coelho ingressou no PMDB, parece ter diminuído. Restou algum silêncio, no ar, no partido. Como já havia adiantado que faria, Jarbas manteve, durante a votação da segunda denúncia contra Michel Temer, a postura adotada na primeira: a favor do prosseguimento da investigação. A posição de Jarbas a favor da apuração não deve interferir diretamente no parecer de Baleia, relator do processo de dissolução do diretório pernambucano. “Uma coisa não tem relação com a outra. Ele não vai misturar as coisas”, adverte um aliado de Baleia Rossi em reserva.

E completa: “Jarbas já havia votado assim na primeira denúncia e isso, até aqui, não influenciou decisão mais urgente do caso”. Além de líder da sigla na Câmara Federal, Baleia Rossi é presidente do partido em São Paulo. Essa posição, segundo pessoas próximas, o leva a analisar a situação de Pernambuco com ponderação. Apesar de deputado de primeiro mandato, Baleia é definido, na Câmara, como um político em ascensão, o que não o impede, por exemplo, de vir um dia a se tornar presidente do PMDB nacional e esse tipo de aresta com a ala pernambucana pode não ser algo construtivo diante dos demais diretórios. De outro lado, a travessia de FBC para as hostes peemedebistas foi articulada pelo senador Romero Jucá, que viu a presidência da sigla cair em seu colo depois que Michel Temer de licenciou. Leia-se: para Baleia, o ônus de dar um decisão em desfavor de Jarbas Vasconcelos e Raul Henry pode seria maior do que para Jucá. E, diante do imbróglio, parlamentares ligados a Baleia têm lembrado que o papel dele “não é prestar serviço a Jucá” e que “não são favas contadas”.

Batata quente
Antes de Baleia Rossi assumir a relatoria, o primeiro nome designado para a missão fora Darcísio Perondi (RS), que se recusou a relatar. O PMDB-PE foi à Justiça em Pernambuco e obteve liminar favorável. Em Brasília, o resultado foi na mesma linha. Na leitura de alguns peemedebistas, na Câmara Federal, o fato de o caso ter ido parar na Justiça tira um pouco o peso dos ombros de Baleia Rossi, em cujo colo caiu a batata quente.

Painel 1 > Na quarta, André de Paula almoçou com o presidente nacional do PSD e ministro Gilberto Kassab. Foram à mesa no Ministério mesmo entre kibes e esfirras no menu. Traçaram um painel da política local e nacional.

Painel 2 >
As chances são elevadas de o PSD se aliar ao PSDB na disputa pelo Governo de São Paulo. No PSD, fala-se que esse é o caminho 90% mais viável. Há possibilidade de Kassab ser vice de João Dória ou de José Serra, que não é um nome descartado.

Estreia > Filiado à legenda no dia 31 de março e vereador estreante do Recife, Ivan Moraes participa, pela primeira vez, do Congresso Estadual do partido no fim de semana. Ivan assinou a filiação durante uma passeata contra o impeachment de Dilma Rousseff. E a ficha foi abonada pela presidente Albanise Pires.

Não deu > O deputado Daniel Coelho esteve entre os tucanos que comemoraram, na casa do deputado João Gualberto (BA), o placar do PSDB, referente à denúncia contra Michel Temer,. “Essa tese é furada de que Temer ajudou Aécio (Neves) para Aécio ajudar Temer. O que teve foi diminuição de votos (favoráveis a Temer) na bancada”, dispara Daniel.

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