Bivar minimiza alinhamento de deputados no Conselho de Ética
Presidente nacional não defende cassação
Das quatro vagas que o PSL possui no Conselho de Ética da Câmara Federal, sendo dois titulares e dois suplentes, três são ocupadas por membros ligados ao presidente nacional da legenda, Luciano Bivar. Os titulares são: Delegado Waldir (GO) e Fábio Schiochet (SC). O primeiro, desafeto de Eduardo Bolsonaro, acabou substituído pelo herdeiro do presidente da República no posto de líder da sigla na Câmara Federal após uma guerra de listas. O segundo assinou lista em favor do Delegado Waldir, preside o PSL em Santa Catarina e tem adotado um discurso de conciliação após o imbróglio. Na suplência, estão Júnior Bozzela (SP) e Daniel Silveira (RJ).
O paulista foi alvo de ataques recentes de Eduardo Bolsonaro. O carioca foi o deputado que admitiu ter gravado a reunião da bancada do PSL em que o ex-líder, Delegado Waldir (GO), falou em “implodir o presidente“. A despeito da composição sinalizar para alinhamento maior com Luciano Bivar, o próprio dirigente nacional evita apontar esse desenho como algo que interfira em eventual cassação de Eduardo. "O Conselho de Ética é formado pela proporcionalidade dos partidos na Câmara Federal. Então, esse Conselho de Ética é regido, tradicionalmente, por essa participação percentual dos partidos na Câmara. Não é ligado a A, B ou C", pontuou Bivar ao ser indagado pela coluna sobre o tema durante a solenidade em que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e deputados nordestinos foram homenageados pela Novabio no Recife em função da luta em prol da produção de etanol da região. Bivar completou: "E mesmo que tivesse ligado a A, B ou C, tem uma coisa que precede a isso, que é a justiça, que é a verdade, que é o interesse maior pela nação".

