Sex, 05 de Dezembro

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Justiça

Bolsonaro ficará preso? Saiba os próximos passos da ação penal da trama golpista

STF reconheceu fim do processo, sem possibilidade de novos recursos

Jair Bolsonaro, em prisão preventiva, na Polícia FederalJair Bolsonaro, em prisão preventiva, na Polícia Federal - Foto: Sérgio Lima/AFP

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecer o fim da ação penal da trama golpista para o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros dois réus, o próximo passo é o início do cumprimento da pena. Isso ocorrerá a partir de uma decisão do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. 

Bolsonaro foi preso preventivamente no sábado, por determinação de Moraes, devido a um risco de fuga. A medida, contudo, foi tomada em outra investigação, sobre uma suposta atuação em favor de sanções dos Estados Unidos a autoridades brasileiras.

O ex-presidente ainda não começou a cumprir a pena de 27 anos e três meses de prisão que recebeu da Primeira Turma do STF, em julgamento ocorrido em setembro. 

A declaração do trânsito em julgado — ou seja, a determinação de que não é possível apresentar mais recursos — foi tomada pela Secretaria Judiciária do STF nesta terça-feira, após Bolsonaro, o ex-ministro Anderson Torres e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) não apresentarem recurso contra a decisão que manteve a condenação. O prazo terminou na segunda-feira.

As defesas de Bolsonaro e Torres já haviam anunciado a intenção de apresentar outro tipo de recurso, os embargos infringentes, que servem para reavaliar decisões não unânimes.

Entretanto, o entendimento atual do STF é que esse tipo de recurso só pode ser apresentado quando houver dois votos divergentes nas análises pelas turmas. No caso de Bolsonaro e da maioria dos réus, só houve um voto pela absolvição, do ministro Luiz Fux.

Na segunda-feira, os ex-ministros Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto apresentarem os segundo embargos de declaração, tipo de recurso que serve para esclarecer dúvidas, omissões ou contradições de um julgamento.

Além disso, Braga Netto e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos apresentaram os embargos infringentes.

Dos oito condenados pelo STF na ação penal da trama golpista, apenas o tenente-coronel Mauro Cid não apresentou nenhum recurso. Ele recebeu a menor punição, de dois anos de prisão em regime aberto, como parte de seu acordo de delação premiada e já começou a cumprir a pena.

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