Cassação de Glauber Braga não irá a plenário neste semestre; greve de fome foi negociada, diz Motta
Segundo presidente da Câmara, haverá 60 dias para o deputado exercer sua defesa após deliberação do caso pela CCJ e antes de votação em plenário
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que negociou o fim da greve de fome do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) e afirmou que o caso não deve ir para o plenário da Casa neste semestre.
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Com isso, aliados de Braga afirmam que ganharam tempo para negociação de mudança na pena do deputado, que hoje é de cassação.
O Conselho de Ética aprovou a cassação do deputado por quebra de decoro parlamentar, na semana passada. Glauber chutou um militante do MBL (Movimento Brasil Livre), em abril de 2024, em meio a uma discussão.
Desde que o colegiado votou pela perda de mandato, Glauber Braga entrou em greve de fome e permaneceu no anexo 2 da Câmara dos Deputados, dormindo em um colchão.
- Em diálogo com a deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e o líder Lindbergh Farias (PT-RJ), avançamos para o fim da greve de fome do deputado Glauber Braga. Garanto que, após deliberação da CCJ, qualquer que seja ela, não submeteremos o caso do deputado ao Plenário da Câmara antes de 60 dias para que ele possa exercer a defesa de seu mandato parlamentar. Após esse período, as deputadas e deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo - disse o presidente em nas redes sociais.
Aliados de Glauber, como Lindbergh Farias, afirmam que a decisão de Hugo Motta os fará ganhar tempo para negociação de uma pena menor, que não seja a cassação de mandato.
- Ganhamos tempo para negociar, trocar a cassação (por outra pena mais branda). Foi uma vitória importante - disse Lindbergh.

