Cid diz em delação que Bolsonaro ordenou monitoramento de Moraes por suspeita de encontros
Os depoimentos de Cid foram revelados nesta quarta-feira
Em seu acordo de delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro determinou o monitoramento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes por desconfiar que ele estava se encontrando com o então vice-presidente Hamilton Mourão, em São Paulo.
"Um dos motivos foi o fato de que o então presidente havia recebido uma informação de que o general Mourão estaria se encontrando com o ministro Alexandre de Moraes em São Paulo. Que foi uma maneira de verificar se essa informação era verdadeira ou não", diz um trecho da transcrição do depoimento de Cid.
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Os depoimentos de Cid foram revelados nesta quarta-feira após o ministro do Supremo Tribunal Alexandre de Moraes tirar o sigilo do processo.
Nesta terça-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro, o ex-ministro Braga Netto e mais 32 pessoas por participação em uma trama golpista para mantê-lo no poder após ser derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. A denúncia foi oferecida pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e será apreciada pela Primeira Turma da Cor

