Ter, 16 de Dezembro

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Comissão da Câmara comandada por PL aprovou moção de louvor a Trump horas antes do tarifaço

Homenagem foi pedida após primeira manifestação do presidente americano sobre 'caça às bruxas' contra Bolsonaro

Câmara dos DeputadosCâmara dos Deputados - Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

A Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou uma moção de louvor ao presidente americano Donald Trump horas antes do anúncio da taxação de 50% que poderá incidir sobre os produtos brasileiros.

A proposição foi discutida durante uma sessão na manhã de ontem. O colegiado é presidido pelo deputado Filipe Barros (PL-PR), mas o comando chegou a ser disputado pelo deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no início deste ano, antes de sua ida para os Estados Unidos.

A homenagem foi proposta pelo líder do PL na Casa, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL), que justificou a medida "pelo brilhante trabalho desenvolvido por ele como presidente da maior nação e pela incansável luta em defesa da democracia e da liberdade de expressão em todo o planeta". No requerimento, o parlamentar também listou feitos dos cem primeiros dias da gestão Trump, que incluíram "a redução da inflação", "a proteção de valores e princípios das famílias" e "o perdão aos envolvidos no incidente de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio dos EUA".

O pedido foi protocolado pelo deputado na última segunda-feira, após o presidente americano afirmar que estaria acompanhando "a caça às bruxas" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que o "único julgamento" feito sobre ele deveria acontecer nas urnas. O requerimento foi aprovado na comissão com votos de 23 dos 28 deputados presentes, sendo a maioria do PL (7), seguido pelo União Brasil (5), PP (3), PSD (3) e MDB (1).

No início deste ano, o comando do colegiado chegou a ser considerado estratégico pela direita, já que a comissão é responsável pelas relações diplomáticas e consulares da Câmara com governos e entidades internacionais e vista estratégica pela interlocução com os Estados Unidos. Como informou o GLOBO, o presidente Casa, Hugo Motta (Republicanos), chegou a sinalizar a indicação, de Eduardo Bolsonaro para o cargo, mas o deputado tirou uma licença do mandato parlamentar e foi para os Estados Unidos.

No exterior, ele tem articulado por sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e d efendido a postura de Trump em relação à imposição de tarifas contra os produtos brasileiros.

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