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Câmara dos Deputados

Comissão de Ética da Câmara analisa representação contra Eduardo Bolsonaro

Colegiado aprecia parecer que pediu arquivamento do processo de cassação do deputado

Representação contra Eduardo Bolsonaro foi apresentada pelo PT, que pede apuração de falas consideradas ataques às instituições democráticas, especialmente ao Supremo Tribunal FederalRepresentação contra Eduardo Bolsonaro foi apresentada pelo PT, que pede apuração de falas consideradas ataques às instituições democráticas, especialmente ao Supremo Tribunal Federal - Foto: Saul Loeb/AFP

A Comissão de Ética da Câmara dos Deputados analisa nesta quarta-feira uma série de representações por quebra de decoro que atingem nomes de diferentes campos políticos — entre eles Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Lindbergh Farias (PT-RJ), André Janones (Avante-MG) e Guilherme Boulos (PSOL-SP).

A reunião desta terça é dedicada à análise dos pareceres preliminares, etapa que define se cada processo seguirá para a fase de instrução ou será arquivado.

A representação contra Eduardo Bolsonaro foi apresentada pelo PT, que pede apuração de falas consideradas ataques às instituições democráticas, especialmente ao Supremo Tribunal Federal, e de tentativas de influenciar autoridades estrangeiras a adotar sanções econômicas contra o Brasil.

O partido sustenta que o deputado usou seu mandato para “desacreditar o sistema democrático brasileiro” e “expor o país a constrangimento internacional” em declarações feitas após decisões do STF em investigações envolvendo aliados do bolsonarismo.

O processo é relatado por Delegado Marcelo Freitas (União-MG), que já concluiu o parecer preliminar, mas a votação foi adiada por uma semana devido à ausência do presidente do colegiado, Fábio Schiochet (União Brasil-SC), de Brasília.

O PL acionou o Conselho de Ética contra Lindbergh Farias (PT-RJ), apontando ofensas a um parlamentar da oposição durante embate público. O partido também moveu ações contra André Janones (Avante-MG), por postagens de teor ofensivo e suposta rachadinha em seu gabinete e contra Guilherme Boulos (PSOL-SP), por manifestações contra integrantes da legenda em sessão do próprio colegiado.

Outra representação do PL tem como alvo a deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG), após declarações sobre violência contra povos indígenas e críticas ao agronegócio, vistas por parlamentares da direita como ataques.

Há ainda denúncias apresentadas pelo PSOL, que envolvem Sargento Fahur (PL-PR) e Kim Kataguiri (União-SP). No primeiro caso, a legenda aponta declarações de incitação à violência contra o deputado Henrique Vieira; no segundo, ataques a movimentos sociais e provocações durante votações em plenário.

O PT também apresentou processos contra Gilvan da Federal (PL-ES) e Delegado Éder Mauro (PL-PA), por discursos ofensivos a adversários políticos e declarações homofóbicas.

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