Comitiva de senadores e empresários vai aos Estados Unidos para reforçar a segurança jurídica
Grupo quer interlocução direta entre poderes legislativos
Uma comitiva de senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) desembarca nos Estados Unidos para reabrir "canais de diálogo" após o tarifaço do presidente Donald Trump e elencou seis objetivos principais para a missão. Entre as prioridades do grupo está a promoção de uma "interlocução direta" entre os Poderes Legislativos de ambos os países, assim como a defesa dos setores produtivos que foram afetados pelas novas tarifas.
A comitiva também quer "reforçar a previsibilidade e a segurança jurídica nas relações econômicas bilaterais" e apresentar o "posicionamento institucional do Senado como alternativa propositiva e responsável frente ao atual cenário geopolítico". Há ainda a intenção de prospectar caminhos para a cooperação bilateral em áreas estratégicas como bioenergia, infraestrutura, inovação tecnológica e sustentabilidade. Na lista de objetivos do grupo consta ainda a missão de "preparar o terreno" para um grupo interparlamentar permanente Brasil-Estados Unidos, que seria voltado à diplomacia econômica e à articulação de medidas legislativas frente a disputas comerciais internacionais.
O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE) e presidente-executivo da Novabio, Renato Cunha, também participará da missão como representante do setor sucroenergético.
“Nós daremos suporte, principalmente conversando com os importadores lá, buscando encontrar caminhos para que se possa negociar. Não será uma tarefa fácil, até porque esse tema está muito concentrado na esfera do gabinete da presidência dos Estados Unidos”, explicou Renato Cunha.
Segundo ele, a iniciativa busca sensibilizar os empresários americanos e explicar a importância de rever o tarifaço.
"Por outro lado, haveria em agosto, caso o patamar de 50% venha a valer, tarifas bem mais altas do que aquelas isentas que vigoram desde 1960 nessas exportações, o que seguramente trará gravíssimos desequilíbrios aos nossos contratos de exportação com os norte-americanos", disse.
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