CPI aprova convites a ex-ministros da Previdência, ex-presidentes do INSS e advogado denunciante
Há requerimenos a petistas e bolsonaristas
A CPI do INSS aprovou, nesta terça-feira (26), 34 requerimentos para convites de ex-ministros da Previdência, ex-presidentes do instituto e do advogado Eli Cohen, que denunciou fraude no órgão. Serão convidados nomes como Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência de Lula até maio deste ano, e Carlos Gabas, que chefiou a pasta nos governos petistas anteriores.
Também estão na pauta nomes ligados ao bolsonarismo, como José Carlos Oliveira, último ministro do Trabalho e Previdência de Bolsonaro, além de uma série de ex-presidentes do INSS que se revezaram no comando da autarquia desde 2012 — entre eles Renato Rodrigues Vieira, Alessandro Stefanutto, Glauco Wamburg e Guilherme Serrano. O ex-ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, também foi convidado.
Leia também
• CPI do INSS: investigação será dividida em seis eixos e vai até março de 2026, ano eleitoral
• CPI do INSS: presidente proíbe jornalistas de registrarem "informações pessoais" de integrantes
• CPI do INSS: governo elege vice-presidente da comissão após revés na semana passada
Na primeira reunião como relator da CPI do INSS, o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) apresentou o plano de trabalho que abrange investigar fraudes em benefícios pagos pelo instituto desde 2015, período que engloba o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff.
A intenção de incluir a gestão da petista foi alvo de protesto de governistas, que ameaçaram não aprovar o documento de Gaspar, mas cederam depois de um acordo que veda a votação de requerimentos em bloco.
Para os governistas, esta possibilidade poderia dar "superpoderes" ao presidente da CPI, o senador Carlos Viana (Podemos-MG). Com isso, o marco temporal de 2015 ficou mantido. Ficou acordado que ministros e ex-ministros seriam previamente convidados a depor no colegiado e que requerimentos de convocação seriam apresentados apenas em casos de negativa.

