Defesa de Bolsonaro diz que exames indicam necessidade de cirurgia para corrigir hérnias
Procedimento foi realizado na sede da PF após autorização do ministro Alexandre de Moraes
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro informou neste domingo que exames de ultrassonografia realizados na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, indicaram a presença de duas hérnias inguinais e a necessidade de cirurgia para correção do quadro.
Segundo o advogado, João Henrique de Freitas, o procedimento cirúrgico é apontado pelos médicos como a única forma de tratamento definitivo.
De acordo com a defesa, a equipe médica esteve na sede da Polícia Federal e realizou os exames após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
As hérnias inguinais são problemas localizados na região da virilha, na parte inferior do abdômen, e podem causar dor e desconforto.
Leia também
• 'Sem anistia': protestos em cidades brasileiras miram Bolsonaro e Congresso Nacional
• Fundador do Partido Ecológico Nacional e 'amigo de Bolsonaro': quem é o suplente de Carla Zambelli
• Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão
O médico Cláudio Birolini, responsável pelo acompanhamento clínico de Bolsonaro, afirmou que o ultrassom foi realizado e que o resultado será anexado a um pedido apresentado anteriormente à Justiça.
Segundo ele, o objetivo é subsidiar a análise do STF sobre a autorização de procedimentos médicos. O médico ressaltou ainda que a equipe assistente não realiza perícia judicial, função que cabe ao Judiciário.
— Ele fez o ultrassom hoje e o resultado será anexado à solicitação que realizamos previamente, visando a autorização dos procedimentos — afirmou o médico, que também esclareceu que a equipe não é responsável por eventual perícia judicial. — Não somos nós que realizamos a perícia.
Até a noite deste domingo, no entanto, os documentos e laudos médicos ainda não haviam sido anexados ao processo no Supremo, segundo verificação feita pela reportagem.
A análise de eventuais pedidos relacionados ao tratamento de saúde do ex-presidente dependerá da formalização dessas informações nos autos.
Bolsonaro está custodiado na Superintendência da Polícia Federal e cumpre pena em regime inicial fechado após condenação pelo Supremo.
A realização do exame não altera as condições da custódia nem representa concessão de benefício penal, servindo apenas para subsidiar a análise do pedido apresentado pela defesa.

