Seg, 15 de Dezembro

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PRISÃO DE BOLSONARO

Defesa de Bolsonaro diz que exames indicam necessidade de cirurgia para corrigir hérnias

Procedimento foi realizado na sede da PF após autorização do ministro Alexandre de Moraes

Jair Bolsonaro, ex-presidente do BrasilJair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro informou neste domingo que exames de ultrassonografia realizados na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, indicaram a presença de duas hérnias inguinais e a necessidade de cirurgia para correção do quadro.

Segundo o advogado, João Henrique de Freitas, o procedimento cirúrgico é apontado pelos médicos como a única forma de tratamento definitivo.

De acordo com a defesa, a equipe médica esteve na sede da Polícia Federal e realizou os exames após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

As hérnias inguinais são problemas localizados na região da virilha, na parte inferior do abdômen, e podem causar dor e desconforto.

O médico Cláudio Birolini, responsável pelo acompanhamento clínico de Bolsonaro, afirmou que o ultrassom foi realizado e que o resultado será anexado a um pedido apresentado anteriormente à Justiça.

Segundo ele, o objetivo é subsidiar a análise do STF sobre a autorização de procedimentos médicos. O médico ressaltou ainda que a equipe assistente não realiza perícia judicial, função que cabe ao Judiciário.

— Ele fez o ultrassom hoje e o resultado será anexado à solicitação que realizamos previamente, visando a autorização dos procedimentos — afirmou o médico, que também esclareceu que a equipe não é responsável por eventual perícia judicial. — Não somos nós que realizamos a perícia.

Até a noite deste domingo, no entanto, os documentos e laudos médicos ainda não haviam sido anexados ao processo no Supremo, segundo verificação feita pela reportagem.

A análise de eventuais pedidos relacionados ao tratamento de saúde do ex-presidente dependerá da formalização dessas informações nos autos.

Bolsonaro está custodiado na Superintendência da Polícia Federal e cumpre pena em regime inicial fechado após condenação pelo Supremo.

A realização do exame não altera as condições da custódia nem representa concessão de benefício penal, servindo apenas para subsidiar a análise do pedido apresentado pela defesa.

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