Diretor da Abin depõe por 5 horas à Polícia Federal
Luiz Fernando Corrêa foi intimado a dar explicações sobre uma suposta tentativa de obstruir investigações da existência de uma estrutura paralela dentro da agência
O diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, prestou depoimento durante 5 horas na sede da Polícia Federal no âmbito do caso que investiga a existência de uma estrutura paralela dentro da agência.
Ex-diretor-geral da Polícia Federal, Corrêa foi intimado a dar explicações sobre uma suposta tentativa de obstruir as investigações em curso. Um servidor da agência afirmou que Corrêa defendeu uma "intervenção" na corregedoria durante as apurações.
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Segundo esse agente, a reclamação do chefe ocorreu durante uma busca e apreensão na sede da Abin em janeiro de 2024, enquanto ele e um integrante da corregedoria estavam "ajudando" a PF.
O diretor também prestou esclarecimentos sobre um episódio de espionagem contra autoridades do Paraguai
Em depoimento à PF, um agente da Abin relatou que utilizou um e-mail espião para invadir o computador de autoridades paraguaias, incluindo da Presidência e do Congresso do país.
O caso foi revelado pelo portal Uol e confirmado pelo GLOBO.
A revelação deste caso acabou criando uma crise diplomática entre Brasil e Paraguai.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou Corrêa e o atual diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, para dar explicações sobre o caso.

