Gilmar dá prazo para PF apresentar relatório de suposto desvio de emendas indicadas por deputado
Ministro do STF determinou que investigação deve tramitar na Corte
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira que uma investigação que envolve o suposto desvio de uma emenda parlamentar indicada pelo deputado federal Junior Mano (PSB-CE) deve tramitar na Corte.
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Na mesma decisão Gilmar determinou que a Polícia Federal (PF) apresente, em até 15 dias, um relatório parcial da apuração, com as provas já reunidas e as diligências pendentes.
A investigação começou na PF do Ceará, após uma denúncia da prefeitura de Canindé.
O processo foi enviado ao STF, contudo, após surgirem indícios da participação de Junior Mano. Em parecer, a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a manutenção do caso na Corte.
Em ocasiões anteriores, o deputado negou irregularidades.
Ao menos 20 apurações sobre possíveis irregularidades envolvendo emendas parlamentares, distribuídas entre diversos ministros.
Na quinta-feira, a PF realizou uma operação para investigar o suposto desvio de uma emenda indicada pelo deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), que negou irregularidades. Essa ação foi autorizada pelo ministro Flávio Dino.
As apurações tramitam em sigilo, mas estão na Corte em razão de alguma conexão com pessoas detentoras de foro privilegiado.
Além de Dino e Gilmar, os ministros Nunes Marques, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin também são relatores de outros processos.

