Sáb, 06 de Dezembro

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Gilmar Mendes diz que atuação de Haddad para "convencer" pessoas o lembra de FHC

Na ocasião, o ministro da Fazenda também comentou sobre o aceno de Donald Trump a Lula durante a Assembleia Geral da ONU e sobre a expectativa para o encontro entre os dois na semana que vem

Ministro Gilmar MendesMinistro Gilmar Mendes - Foto: Fellipe Sampio/SCO/STF

O ministro decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que "lembra" do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao acompanhar a atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e suas tentativas de "convencer as pessoas" sobre a necessidade de mudanças na economia.

O comentário foi feito durante o 2º Congresso de Direito Tributário IDP, do qual ambos participaram em Brasília ontem.

— Brasil tem razões para otimismo. E se não tivesse, bastaria ter alguém como Haddad na Fazenda. A responsabilidade com que ele lida, a forma como explica e convence as pessoas, eu me lembro de ninguém menos que Fernando Henrique Cardoso. Isso porque, de fato, ele se dedicava a convencer as pessoas — disse o ministro.

Gilmar também afirmou que a comparação se devia ao caráter "pedagógico" da atuação dos dois na política econômica por tentarem "convencer" que seriam necessárias mudanças, como o Plano Real. Na ocasião, Haddad comentou sobre a condução da reforma tributária, aprovada em diálogo com o Congresso, e falou sobre o aceno de Donald Trump ao presidente Lula (PT) durante a Assembleia Geral da ONU.

— Agora, parece que o companheiro Trump gostou do companheiro Lula e vão começar a conversar, falar de coisas que realmente importam, que é integração econômica, investimentos mútuos — disse Haddad em um evento hoje em Brasília

No mês passado, o ministro chegou a ter uma reunião marcada com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, mas o compromisso foi cancelado após pressão da "militância que atua junto da Casa Branca", disse Haddad na época. Na mesma data, o auxiliar de Trump teve um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), informou o parlamentar em um post nas suas redes sociais.

Ontem, no entanto, Eduardo minimizou o aceno feito pelo líder americano em um post publicado no X. "Ele fez exatamente o que sempre praticou: elevou a tensão, aplicou pressão e, em seguida, reposicionou-se com ainda mais força à mesa de negociações", escreveu. O parlamentar também mencionou que, no dia anterior, o governo americano determinou as sanções Magnitsky contra a esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes.

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