Hugo Motta demite duas funcionárias suspeitas de serem fantasmas após reportagem
Presidente da Câmara disse que preza pelo "cumprimento rigoroso das obrigações dos funcionários"
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), demitiu de seu gabinete duas funcionárias suspeitas de serem fantasmas. A denúncia foi feita pela Folha de S. Paulo. Em reportagem, o jornal tratou do caso de três servidoras que acumulavam o cargo com outras ocupações.
Gabriela Pagidis, com salário de R$ 11,4 mil, e Monique Magno, com salário de R$ 1,7 mil, exerciam funções remotas e estavam no gabinete de Motta desde 2024, mas tiveram a exoneração encaminhada nesta terça-feira.
Em nota, Motta afirmou que “preza pelo cumprimento rigoroso das obrigações dos funcionários de seu gabinete, incluindo os que atuam de forma remota e são dispensados do ponto dentro das regras estabelecidas pela Câmara”.
Como a vaga não era presencial, ambas tinham dispensa de marcação de ponto. A demissão das duas será publicada no DOU desta quarta-feira (16).
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Segundo a Folha, Motta empregou em seu gabinete três funcionárias com rotinas incompatíveis com as funções que deveriam exercer no Legislativo. As duas dispensadas são uma fisioterapeuta (Gabriela Pagidis) e uma assistente social (Monique Magno) de uma prefeitura na Paraíba.
Em reportagem, a Folha trata ainda de uma estudante de medicina.
Todas são contratadas no cargo de secretário parlamentar, com jornada de 40 horas semanais, com proibição de exercer outra função pública e sem necessidade de bater o ponto com biometria na Câmara.
Ao ser questionada pela Folha, Monique Magno alegou trabalhar em dois empregos e "cumprir os horários certinho e ainda acumular" os cuidados de uma criança, "sendo mãe solo".
Já Gabriela Pagidis disse que em sua função como servidora "geralmente cuida da agenda, mais voltado para a organização". "Agora está mais na mão da presidência [da Câmara], mas eu trabalho com isso. Agenda, eventos", acrescentou.

